A doula e educadora perinatal, Karolina Soares, aguarda há quase um mês o cumprimento de uma decisão judicial que obriga o hospital Rio Grande fazer um orçamento, comprar e administrar um medicamento para o tratamento contra o câncer do seu marido, João Junior, por três meses.
O despacho sobre a situação do paciente foi publicado no último dia 16 de agosto e assinado pelo juiz federal, Magnus Augusto Costa Delgado. No documento, é determinado que o hospital se responsabilise por disponibilizar as informações ao Governo do Rio Grande do Norte, para que a verba, que já está bloqueada, seja disponibilizada para a aquisição.
No entanto, Karolina relata que ainda não houve nenhum sinal por parte do Rio Grande sobre o andamento para o tratamento do seu marido. A doula ainda conta que o estado de saúde de Junior tem se agravado nos últimos dias.
“Estamos internados depois de uma intercorrência que o levou a tomar quatro bolsas de sangue. Tudo isso porque está sendo negado o direito de se tratar com uma medicação segura e altamente eficiente”, disse.
João Junior foi diagnosticado com câncer no rim no ano passado. Casado com Karolina há mais de 10 anos e pai de sete filhos, o homem descobriu, após fazer uma neurocirurgia, que havia sofrido metástase óssea.
“Desde quando demos início ao processo, com o avanço da doença, Junior já apresenta comprometimento dos pulmões, anemia, perda de peso, febres, sudorese, enjôos, náuseas, dores nos ossos, tosse e falta de apetite”, explicou Karolina Soares.
O medicamento em questão, pretendido por Soares para o seu marido, faz parte da imunoterapia, que é um tipo de tratamento contra o câncer que visa combater o avanço da doença pela ativação do próprio sistema imunológico do paciente. A ideia é que, com o uso de medicamentos, o organismo do paciente elimine a doença de forma mais eficiente e com menos toxicidade.
Este tipo de tratamento não é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para diagnósticos de câncer no rim. O custo, deve chegar, em média, R$ 62 mil.
Portal 96 FM