O retorno seguro para estudantes e professores em meio à persistência da pandemia tem encontrado um grande aliado em Natal: o ensino ao ar livre. Escolas da capital potiguar instituíram parte do aprendizado fora da sala de aula como um dos protocolos sanitários, conciliando benefícios cognitivos com a segurança que requer o momento.
No Complexo Educacional Contemporâneo, o número de aulas realizadas ao ar livre cresce a cada dia, em razão da aprovação das crianças e adolescentes, mas também dos profissionais da educação. Para a pedagoga Waleska Brito, a prática é “riquíssima” para o processo de aprendizagem, já que desperta mais interesse ao passo que reforça a segurança.
“As crianças já passaram pelo período de isolamento intenso, hoje ainda vivemos com algumas limitações próprias da pandemia, e já temos uma rotina em sala de aula. Momentos ao ar livre para musicalização, contação de histórias e transmissão de conhecimento deixam elas à vontade e permitem que extravasem energia”, explica a educadora.
As experiências exitosas acabaram por nortear o planejamento da instituição como um todo. Marianny Andrade Arcanjo, responsável pela direção do Contemporâneo, conta que a equipe está adaptando atividades que seriam realizadas em sala de aula para ambientes abertos, a partir do uso de diferentes espaços da escola.
“Esse estímulo tem sido dado em todos os níveis, para que os professores já planejem as aulas considerando a realização de parte delas no pátio, nas quadras ou nos jardins. Todos seguem com o uso da máscara e com o distanciamento necessário e agora também com a circulação continua do ar, detalha a diretora.
Prática que Waleska entende como muito positiva também para a sensação de bem-estar e de pertencimento: “além do desenvolvimento psicomotor, social, cognitivo e da segurança, estamos focando na saúde emocional dos nossos alunos”. Palavras da pedagoga sobre a prática que ressignifica o conceito de sala de aula, a partir da promoção do ensino ao ar livre.