No próximo dia 7 de agosto, no Teatro Alberto Maranhão, o escritor e gestor cultural Dácio Galvão receberá a Medalha Patrono Padre Miguelinho. É a mais elevada honraria conferida pelo Legislativo natalense. A proposição é do vereador Raniere Barbosa em reconhecimento aos relevantes serviços prestados por Dácio à Cultura do RN. Sua trajetória como ativista cultural, poeta e compositor.
A performance de Dácio como gestor cultural tem reconhecimento da classe produtiva do RN. No próximo dia 7 de agosto, com a intervenção artística “Ocupação Dácio Galvão”, acontecerá uma movimentação homenageando seus anos de trabalhos. Uma celebração à Comenda Patrono Padre Miguelinho, a partir das 17h30.
Sob a produção de Arlindo Bezerra, a programação vai reunir quatro grupos de Boi de Reis, batedor de Zambê (ressignificando o iberismo e o africanismo), performances cênicas, textos e rupturas autorais com versões dos Hinos da Cidade do Natal e Nacional por Miguel Carcará, Marina Elali, Analu Soares além da projeção de documentário biográfico pelo cineasta Rodrigo Sena e discotecagem do DJ DK!.
Além da “Ocupação Dácio Galvão”, também será lançado o livro “Texturas”, composto de artigos e crônicas sob organização de Thiago Gonzaga e Manoel Onofre Jr.
SOBRE DÁCIO GALVÃO
Dácio é Sócio Efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN) na cadeira Nº 58 – ocupada anteriormente pelo seu pai, o historiador, escritor e jurista Hélio Galvão (1916-1981) e Imortal da Academia Norte-rio-grandense de Letras ocupando a cadeira de número 10.
Sua produção literária, musical e militância começam ainda nos anos 1970. Ao longo de quase cinco décadas de atuação na Cultura, Dácio passeou por experimentações literárias e musicais. Lançou livros e CD’s.
PRODUÇÃO LITERÁRIA
Dácio tem seis livros no currículo, entre ensaios e poética. É autor dos livros “Blues Repartido”, “Palavras, Palavras, Palavras”, “Da Poesia ao Poema”, “O Poeta Câmara Cascudo: Um Livro no Inferno da Biblioteca”, além dos Cd’s-livros “Poemúsicas 1″, Poemúsicas 2” e “Poemúsicas 3” e do vídeo “Porto do Madeiro”, experimental em parceria com Cid Campos, Lucila Meirelles e Augusto Calçada.
O último livro foi “Poética Geral”, que trouxe uma seleção de poemas escritos ao longo de quase 40 anos cuja apresentação é do filósofo da Academia Brasileira de Letras, Antônio Cícero.
PRODUÇÃO CULTURAL
Na área da produção, criou o Festival Literário da Pipa (FLIPIPA) que durante quase uma década reuniu na paradisíaca praia nomes consagrados da literatura nacional, regional e internacional, com debates, palestras e cunho educacional e formador.
Como gestor cultural foi um dos criadores da Fundação Cultural Hélio Galvão em 1985 produzindo projetos longevos e consagrados. Dentre eles o “Nação Potiguar” calçado na tradição e vanguarda.
O projeto resultou também na publicação do periódico “Galantes” e inédita e vasta documentação étnica com destaque para o Mapeamento Sonoro do RN. Fazendo história, recuperando, valorizando e fixando obras artísticas como Dona Militana, do Zambê, Cocos e de Elino Julião.
Mestre em Literatura Comparada e Doutor em Literatura e Memória Cultural pela UFRN, Dácio Galvão coleciona parceiros musicais que vão desde DuSouto a Grafith passando por Margareth Menezes, Virgínia Rodrigues, Elba Ramalho, Zeca Baleiro, Tom Zé, Antônio Cícero, Toninho Horta, Arrigo Barnabé, Dominguinhos, Bené Fonteles, Jose Roberto Aguilar, Arnaldo Antunes e tantos outros.
Na área da Literatura também organizou os livros “Zambê: ensaio etno fotográfico de Candinha Bezerra” e “Abraços: Cartas de Oswaldo Lamartine para Hélio Galvão”. Dirigiu o periódico antropológico “Galante”, reunindo 48 autores locais.