O presidente Jair Bolsonaro havida anunciado que sua ida ao Maracanã, na final da Copa América, seria a oportunidade para “buscar respostas”, referindo-se aos recentes escândalos envolvendo o ministro Sérgio Moro e a questão da popularidade de ambos.
“Pretendo domingo não só assistir à final do Brasil com o Peru, bem como, se for possível e a segurança me permitir, iremos ao gramado. O povo vai dizer se nós estamos certos ou não”, afirmou Bolsonaro em evento de aniversário da guarda presidencial, destacando que chamou Sérgio Moro para acompanhá-lo.
De fato ele chegou a por os pés no gramado, sem Moro, e ao som de uma verdadeira mistura de vaias e aplausos. Difícil dizer qual reação “pesou mais na balança”. A própria expressão do governante era de uma tensão sem medidas.
Havia a expectativa de que Bolsonaro entregasse a taça de campeão ao capitão brasileiro, o lateral Daniel Alves, mas o presidente participou somente da entrega de medalhas. Ele, porém, se integrou aos jogadores e membros da comissão técnica e tirou foto com o troféu nas mãos. Alguns jogadores e membros da delegação fizeram um coro de “mito”, como os mais fiéis seguidores de Bolsonaro costumam se referir a ele. Depois, a comitiva presidencial foi vaiada quando caminhou pelo gramado rumo ao túnel de saída.
Durante a premiação, Bolsonaro cumprimentou os jogadores da seleção brasileira, e a torcida não reagiu – os aplausos surgiam a cada atleta anunciado, e, aparentemente, não se referiam ao presidente nem aos ministros e parlamentares.
Mas claro que Bolsonaro, grande articulador das redes sociais, não poderia deixar de registrar em seu Twitter momentos da partida nos quais “apareceu bem na foto”.