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Encontro em Natal pretende expandir base de exportações nordestinas

Foto: Moraes Neto

Os nove estados do Nordeste, juntos, exportaram no ano passado US$ 12, 8 bilhões, sendo mais de US$ 284,6 milhões apenas no Rio Grande do Norte. Para ampliar esse volume e permitir que uma quantidade maior de pequenos negócios seja inserida no comércio internacional, o Sebrae promove a 19ª edição do Encontro Internacional de Negócios do Nordeste (EINNE). Pela segunda vez consecutiva, o evento será realizado no Rio Grande do Norte e pretende bater recorde de negociações, aproximando empresas nordestinas de quatro setores de grandes grupos nacionais e internacionais. A meta é atingir um volume de R$ 25 milhões negociados a partir do encontro.

Os detalhes do 19º EINNE foram apresentados à imprensa e convidados, durante café da manhã, realizado nesta terça-feira (5), na sede do Sebrae no Rio Grande do Norte. O evento será realizado entre os dias 8 e 10 de novembro, no hotel Holiday Inn, e vai reunir 200 pequenas empresas dos estados nordestinos interessadas em vender a 60 grupos compradores estrangeiros de países, como Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Peru, Chile, África do Sul, e Guatelama.

Promovido pelo Sebrae e Federação da Indústria do Rio Grande do Norte (Fiern) com patrocínio do Banco do Nordeste e apoio de parceiros, o EINNE visa dar maior visibilidade aos produtos de pequenos negócios nordestino no mercado internacional e, assim, incrementar não só as exportações do país, mas também aumentar a quantidade de empresas do Nordeste na base exportadora brasileira.

Estão programadas quatro grandes rodadas de negócios, além de um salão só com rodadas virtuais, uma das novidades dessa edição. Os empreendedores poderão negociar mesmo com compradores que não estarão no evento pela internet. Nesta edição, o encontro será focado nos segmentos de alimentos e bebidas, cosméticos, moda e energias. Parte dos compradores – dos setores de alimentos e bebidas e de cosméticos – está sendo prospectada pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), que é parceira do evento.

No caso do primeiro segmento, serão trabalhados os seguintes produtos: cachaças, chocolates, sucos, águas de coco, mel e polpa de frutas. Também haverá um salão especial para produtos orgânicos e fair trade (cafés, chás, polpas de frutas, mel, própolis vermelha e castanha). Já no setor de moda, podem participar empresas produzam moda infantil, praia e fitness. As empresas interessadas em vender seus produtos no evento podem fazer a pré-inscrição pela internet, cuja ficha está disponível no site https://www.connectamericas.com/pt//einne/

A expectativa é gerar um volume de R$5 milhões durante o evento e mais R$ 20 milhões nos 12 meses subsequentes ao encontro. Na versão anterior, realizada em 2015 também no RN, foram negociados no total mais de R$ 27 milhões. No entanto, o evento englobou mais segmentos – sete no total – e mais empresas:375 ofertantes, quase o dobro que está previsto para essa edição. De acordo com o gerente da Unidade de Acesso a Mercados do Sebrae no Rio Grande do Norte, David Góis, as empresas participantes serão acompanhadas para aumentar a efetividade das negociações e concretizar a parceria comercial.

O encontro terá ainda o Salão dos Experts, um espaço direcionado para empresas de despacho aduaneiro, operadores de carga, trading companies, comerciais exportadoras e demais prestadores de serviços internacionais.

Acompanhado do diretor de Operações, Eduardo Viana, o diretor superintendente do Sebrae-RN, José Ferreira de Melo Neto, enfatizou a importância do EINNE para a região durante a solenidade, citando o desafio de tirar o evento do eixo Ceará-Bahia-Pernambuco e fazê-lo com sucesso em um estado pequeno para incentivar a cultura exportadora entre as empresas de pequeno porte. “Sabemos das dificuldades e do potencial que o estado tem. Se conseguíssemos ampliar para 1% a participação potiguar nas exportações brasileiras em cinco anos já seria uma grande vitória”.

Por isso, com o EINNE, o Sebrae vai atuar como facilitador na aproximação comercial entre as pequenas empresas participantes e compradores de todo o mundo. Além disso, a instituição ainda auxilia o empresário no processo de amadurecimento e preparação para exportação.

A ideia é gerar ganhos para as empresas participantes desde o auxílio na capacitação e planejamento para exportar, como também, no aumento da competitividade dos negócios atendidos, dando oportunidades de fechamento de negócios em projeção internacional, agregação de valor aos negócios, diversificação de mercados e, consequentemente, o aumento no volume e qualidade das exportações do Nordeste.

O vice-presidente da Fiern, Thiago Gadelha, também prestigiou o lançamento do EINNE e defendeu a necessidade de se padronizar os impostos sobre os produtos voltados para exportação. O executivo colocou a Fiern à disposição do empreendedor que deseja entrar no mercado internacional e deseja saber mais detalhes desse tipo de operação.

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