Na tarde dessa quarta-feira (30), técnicos da Cabo Telecom receberam um chamado para solucionar problemas de conexão no bairro de Lagoa Nova. Ao chegarem ao local, se depararam com cabos de fibra óptica cortados de forma proposital. De acordo com a equipe, não é a primeira vez que isso acontece. Além dos registros em áreas públicas, atos de vandalismo como esse também vêm acontecendo em locais privados, como os condomínios atendidos pela Cabo Telecom em vários bairros de Natal.
A empresa de tecnologia registra um aumento no número de casos nos últimos meses, alguns Boletins de Ocorrências já foram registrados junto às autoridades competentes. Além disso, os casos também estão sendo reportados à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que é responsável pela fiscalização e regulamentação dos serviços de TV, internet e telefonia.
“O que vem ocorrendo são casos de sabotagens, em sua maioria com destruição de propriedade, principalmente dos cabos da rede de fibra óptica. Registramos ocorrências em condomínios residenciais e em fiações de rua, como no caso mais recente. O corte que identificamos ontem em Lagoa Nova, deixou usuários de várias regiões sem internet e TV por cinco horas”, explica Decio Frederico Bueno Feijo, diretor de engenharia da Cabo Telecom.
De acordo com relatório de sinistro, que registra ocorrências dessa natureza, elaborado por técnicos da empresa, moradores de condomínios residenciais relatam a presença de técnicos de empresas concorrentes e, em seguida, acontece a queda nos serviços da Cabo. As queixas ocorreram em Natal nos bairros Tirol, Candelária, Capim Macio, Ponta Negra e em Parnamirim, Emaús. O relatório também aponta que os cortes nos cabos evidenciam a existência de sabotagem, já que não há furtos e são danificados de forma específica, comprometendo o fornecimento de internet.
Os atos prejudicam tanto os clientes, que têm o serviço interrompido, quanto a imagem da empresa. “Ontem foram 15.000 pessoas atingidas pelo corte dos fios de fibra óptica em Lagoa Nova, os problemas chegaram até os clientes de Tirol, Petrópolis e até Cidade Alta”, pontua Cláudio Alvarez, diretor-presidente da Cabo Telecom.
Segundo ele, essas sabotagens não afetam apenas os clientes atendidos pela rede danificada, mas todo o funcionamento da empresa. “Quando ocorre um caso como esse, toda a equipe se volta para solucionar o problema, então os demais serviços ficam suspensos. O prejuízo financeiro não é tão importante para nós, o que nos preocupa são os problemas que os nossos clientes estão enfrentando com esses atos criminosos”, desabafa Cláudio. Ele acrescenta que as medidas jurídicas estão sendo tomadas para responsabilizar os autores dos crimes.