A Agência de Fomento do RN passa a operar a partir desta quinta-feira (05), a linha Pro-Sustentabilidade. Formatada nos últimos meses, a iniciativa consiste na realização de financiamento a negócios que tenham foco na introdução, manutenção e/ou melhorias tecnológicas que gerem desenvolvimento sustentável, através de métodos que possam gerar impacto positivo para a sociedade e para o meio ambiente no Rio Grande do Norte.
A diretora-presidente da AGN, Edivane Vilar, destaca que 14 dos 17 ODS estabelecidos são contemplados pelo novo produto de crédito da instituição, de maneira transversal, a partir da destinação indicada pela linha de crédito. A resolução que autoriza o início da operação foi assinada nesta quinta-feira.
De acordo com a gestora, o foco é trabalhar em favor da erradicação da pobreza, fome zero e agricultura sustentável, água potável e saneamento, trabalho decente e crescimento econômico, redução das desigualdades, cidades e comunidades sustentáveis, consumo e produção sustentável, dentre outros. São 14 dos 17 ODS estabelecidos no total.
Roberto Serquiz, presidente da Comissão de Meio Ambiente da Fiern e presidente do Sindicato da Indústria de Cervejas, Refrigerantes, Águas Minerais e Bebidas em geral do RN (SICRAMIRN), destacou a iniciativa em auxiliar o setor de revenda de água mineral em garrafões em promover a aquisição de embalagens mais duráveis, sustentáveis e que respeitem a norma ABNT 14.222 quanto à fabricação, acondicionamento e desempenho adequados.
Crédito sustentável
O crédito pode ser para investimento, capital de giro ou mesmo de natureza mista, desde que sejam associadas a negócios sustentáveis. Os empreendimentos podem, por exemplo, adquirir biodigestores, fazer a transição energética de seus negócios passando ao uso de energia solar, bem como, a atualização de garrafões de água para embalagens mais modelos com durabilidade de até três anos.
A instituição financeira vai operar o crédito para Microempreendedor Individual (MEI) por meio de recursos próprios, com financiamentos que chegam até R$ 20 mil, e asseguram inclusive o bônus de adimplência nos juros para clientes que mantiverem as parcelas do financiamento em dia. A carência para os financiamentos com recursos da própria AGN é de até 60 dias com prazo para quitação de até 24 meses – incluído o período de carência.
Já as operações realizadas por Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP) podem chegar até o limite de R$ 80 mil e serão realizadas com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), através de parceria com o Banco do Nordeste do Brasil S.A (BNB). Neste caso, obrigatoriamente, serão obedecidas as diretrizes e prioridades do plano de aplicação de recursos do respectivo Fundo.