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Em reunião, Bolsonaro vinculou mudança na PF do Rio a proteção de família

FOTO: ANTONIO MILENA

O presidente Jair Bolsonaro vinculou a mudança do superintendente da Polícia Federal do Rio Janeiro a uma proteção de sua família, em reunião ministerial gravada pelo Planalto no dia 22 de abril, segundo pessoas que tiveram acesso à gravação.

Bolsonaro teria afirmado que seus familiares estariam sendo perseguidos. O presidente, segundo esses relatos, disse que não poderia ser surpreendido com informações da PF e que então trocaria, se fosse necessário, o comando da PF e até o ministro da Justiça, na ocasião, Sergio Moro.

O vídeo da reunião foi exibido nesta terça-feira (12) na PF em Brasília. Moro acompanhou presencialmente a exibição ao lado de integrantes da PGR (Procuradoria-Geral da República), advogados do ex-ministro e integrantes do governo federal e da PF.

Segundo pessoas que assistiram à gravação, Bolsonaro usou, na reunião ministerial, o verbo “foder” ao falar do impacto de uma possível perseguição a seus familiares. Ele então disse que, antes disso, trocaria todo mundo da área de segurança, o chefe da PF e até o ministro da Justiça.

De acordo com investigadores da PF, o vídeo complica a situação de Bolsonaro e dificulta eventual arquivamento do inquérito por parte do procurador-geral da República, Augusto Aras.

Folha de S. Paulo

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