
Desde sua soltura, Lula tem reforçado a obsessão que tem por si. Para o ex-presidiário, não existe nada nem ninguém mais importante do que ele mesmo. Desde o dia em que deixou a carceragem da Polícia Federal em Curitiba, em novembro do ano passado, beijando Janja, o petista vem atirando pedras em lideranças da esquerda que o defenderam enquanto estava preso.
Em recentes entrevistas a blogs amigos, Lula fez questão de atacar, por exemplo, a intenção de Flávio Dino, do PCdoB, em se lançar candidato ao Planalto em 2022. Ele disse que “o PT é um partido muito grande se comparado ao PCdoB”, que “é difícil eleger um comunista e Flávio Dino sabe disso” e que “é muito difícil eleger alguém de esquerda sem o PT”.
O deputado federal comunista Orlando Silva não gostou e escreveu um artigo rebatendo o ex-presidiário. “Lula, como ele próprio disse, sempre contou com o apoio do PCdoB (ele disse 4 vezes, mas na verdade foram 5). O PCdoB é o único partido que o apoiou em todas as suas campanhas presidenciais”, escreveu.
Nas redes sociais, Silva também registrou seu descontentamento com Lula. “Qual o objetivo dessa descortesia com um aliado histórico?”.
O ex-presidente Lula, a quem respeito e admiro, deu uma entrevista com certas opiniões atravessadas em relação ao PCdoB. Qual o objetivo dessa descortesia com um aliado histórico? https://t.co/fmYqdKdD13
— Orlando Silva (@orlandosilva) January 16, 2020
Ciro Gomes, do PDT, vale lembrar, quer cada vez mais distância do ex-presidiário. E caciques do PSB também têm perdido a paciência com o petista.
O Antagonista

