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Em janeiro deste ano, Natal teve a quarta maior alta na cesta básica

FOTO: VALTER CAMPANATO

Natal teve, em janeiro deste ano, a quarta maior alta no preço da cesta básica entre as 17 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza, mensalmente, a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Na variação mensal, o grupo de doze alimentos pesquisados pelo Dieese apresentou aumento de 6,47% em relação a dezembro de 2022, passando de R$ 584,36    R$ 622,16. Em comparação com janeiro de 2022, o  preço da cesta básica aumentou 12,90%.

A pesquisa aponta aumento no valor do conjunto dos alimentos básicos em 11 capitais. Entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023, os maiores percentuais de alta ocorreram nas cidades do Nordeste: Recife (7,61%), João Pessoa (6,80%), Aracaju (6,57%) e Natal    (6,47%). Já as reduções mais importantes foram registradas nas cidades do Sul: Curitiba (-0,50%), Porto Alegre (-1,08%) e Florianópolis (-1,11%).

De acordo com os dados da pesquisa, entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023, oito dos doze produtos que compõem a cesta básica tiveram aumento nos preços médios. A maior alta de preços foi verificada no tomate: 50,64%. Doze quilos do produto (quantidade definida para a cesta de alimentos do Dieese) passou de R$ 65,64 para R$ 98,88. Já o  feijão carioca apresentou a segunda maior variação: 6,38%. Em seguida vem o pão francês (3,74%), a manteiga (3,27%), a banana (2,91%), a farinha de mandioca (2,84%), a arroz agulhinha (1,72%) e café em pó (0,30%). O preço médio dos demais produtos, apresentou variação negativa: leite integral UHT (-6,15%), açúcar cristal (-2,47%), carne bovina de primeira (-1,19%) e óleo de soja (-0,50%).

No acumulado dos últimos 12 meses, foram registradas elevações em todos os produtos da cesta: feijão carioca (33,94%), farinha de mandioca (32,81%), pão francês (24,34%), manteiga (23,85%), banana (22,53%), leite integral UHT (20,32%), arroz agulhinha (9,46%), tomate (9,14%), café em pó (7,16%), óleo de soja (5,22%), açúcar cristal (2,12%) e carne bovina de primeira (1,14%).

Em janeiro de 2023, o trabalhador de Natal, remunerado pelo salário mínimo de R$ 1.302,00, precisou trabalhar 105 horas e 08 minutos para adquirir a cesta básica. Em 2022, quando o salário mínimo era de R$ 1.121,00, o tempo de trabalho necessário em dezembro foi de 106 horas e 04 minutos, e, em janeiro do mesmo ano, de 100 horas e 02 minutos.

Considerando o salário mínimo líquido, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o mesmo trabalhador precisou comprometer, no primeiro mês de 2023, 51,66% da remuneração para adquirir os produtos da cesta básica, que é suficiente para alimentar um adulto durante um mês. Já em 2022, os percentuais foram de 52,12% em dezembro, e de 49,15%, em janeiro.

TN

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