O procurador do Estado Luís Marcelo Cavalcanti de Sousa , que recebeu a função de preparar a ação judicial contra a greve dos policiais civis do Rio Grande do Norte, se solidarizou com os servidores e disse que não iria opinar sobre no caso.
“Não me sinto à vontade para combater referido movimento, antes, com ele me solidarizo, porque na mesma situação me encontro de total inconformismos com os atrasos salariais”, afirmou o procurador do estado do Rio Grande do Norte Luis Marcelo Cavalcanti.
A Delegacia Geral de Polícia Civil quer pedir à Justiça a irregularidade da greve. O caso foi designado em caráter de urgência ao procurador Luis Marcelo, mas ele o recusou e pediu redistribuição do processo, através de sorteio, entre seus colegas.
O procurador ainda avisou que só irá atuar no caso, quando estiver com o seu próprio salário em dia.
Caso seja eu o sorteado para atuar no feito só o farei depois que estiver com meus salários em dia, dispensando ao Governo o mesmo tratamento que dele tenho recebido”.
O procurador ainda reforçou que, no entendimento do Supremo Tribunal Federal, a única hipótese que impede o corte de salário de servidores grevistas é justamente o atraso de salários.
Greve
Os policiais civis paralisaram os serviços na manhã de ontem (26) em todo o estado, cobrando pagamento do 13º salário de 2017 e um calendário de pagamento de outros salários atrasados. O governo realizou uma reunião com o sindicato na manhã de hoje (27) e ofereceu, como proposta, pagar o 13º salário de 2017 à categoria, nesta sexta-feira (28), mas apenas aos ativos. O acordo foi rejeitado pela categoria em assembleia no final da manhã.