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Em artigo, ex-presidente da Fiern alerta para falta de compromisso do atual gestor da Federação

AMARO SALES, EX-PRESIDENTE DA FIERN.FOTO-NOVO NOTÍCIAS

Em artigo publicado nesse domingo, o ex-presidente da Federação da Industria do Estado do Rio Grande do Norte Flávio Azevedo alerta para as graves consequências da falta de compromisso do atual gestor da Fiern, Amaro Sales, em acordo firmado para definição do próximo presidente da Confederação Nacional da Indústria. Segundo Flávio Azevedo, a quebra de compromisso de Sales no processo sucessório traz a pecha de infidelidade do atual presidente da Fiern.

Azevedo observa que, tradicionalmente, as Federações das regiões Norte e Nordeste formam coalizão cujo número de votos é suficiente para influir decisivamente na eleição do presidente da mais importante entidade sindical patronal do Brasil.

O ex-presidente da Fiern lembra que Amaro Sales e o presidente da Federação da Indústria da Bahia, Antonio Ricardo Alban, se colocaram como  candidatos a presidente da CNI. O acordo seria o mais votado receber o apoio do concorrente. Amaro recebeu apenas dois votos.

E descumprindo o acordo, declarou apoio ao candidato a ser indicado pelo atual presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Andrade. “Caso mantida, a intenção do presidente da FIERN poderá fragilizar a posição do seu colega nordestino Ricardo Alban e será inédita na história das eleições da CNI. E apenas confirmará a falta de liderança e de representatividade de Amaro Sales no colégio de representantes da Indústria Brasileira, de onde deverá sair com a pecha de infidelidade e deslealdade com seus companheiros e com sua Região Nordeste”, escreve Flávio Azevedo.

Leia o artigo na integra publicado no jornal Tribuna do Norte desse domingo:

Eleições, intenções e posições

Flávio Azevedo
Ex-presidente da FIERN e empresário

A eleição para escolha da próxima Diretoria da CNI (Confederação Nacional da Indústria) poderá seguir caminhos nunca antes trilhados. Tradicionalmente, as Federações das regiões Norte e Nordeste formam coalizão cujo número de votos é suficiente para influir decisivamente na eleição do presidente da mais importante entidade sindical patronal do Brasil
Nesse contexto, nos últimos 45 anos foram eleitos presidentes da CNI os nordestinos Domício Velloso, Albano Franco, Fernando Bezerra e Armando Monteiro.

O atual presidente da entidade é o mineiro Robson Braga de Andrade, eleito em 2010, resultado de hábil articulação e demonstração de liderança de Armando Monteiro Neto, tirando o foco da tradicional União Norte-Nordeste. Robson Andrade vem se mantendo no cargo há quase treze anos, graças a seguidas prorrogações de mandato, afrontando disposição estatutária da CNI que limita a presença de um mesmo presidente no cargo – no máximo – a oito anos.

Nessa senda, vem surgindo candidatos à sucessão do atual presidente, cuja última prorrogação de mandato termina em novembro/2020. O presidente da CNI e respectiva Diretoria são eleitos  por maioria simples, pelo Conselho de Representantes da CNI, composto pelos presidentes das 27 Federações de Indústrias filiadas à CNI.

Os presidentes das Federações das Indústrias da FIERN (RN) e da FIEBA (Bahia), Amaro Sales e Antônio Ricardo Alban, respectivamente, se apresentaram como candidatos representando a Região Nordeste, detentora de 9 dos 27 votos no Conselho de Representantes da CNI.

Considerando que normalmente (embora não necessariamente) cada Região apresenta apenas um candidato, os nove presidentes das Federações das Indústrias da Região Nordeste se reuniram em Brasília para escolher seu representante, ficando estabelecido que o mais votado receberia a solidariedade do concorrente para partir em busca de uma composição com o representante da Região Norte. Amaro Sales recebeu apenas dois votos: o do presidente da Federação de Alagoas e o seu próprio voto.

Para perplexidade de todos, no dia seguinte, o presidente da FIERN, descumprindo o compromisso assumido, declarou seu compromisso de votar com o candidato a ser indicado pelo presidente Robson Andrade.

Caso mantida, a intenção do presidente da FIERN poderá fragilizar a posição do seu colega nordestino Ricardo Alban e será inédita na história das eleições da CNI. E apenas confirmará a falta de liderança e de representatividade de Amaro Sales no colégio de representantes da Indústria Brasileira, de onde deverá sair com a pecha de infidelidade e deslealdade com seus companheiros e com sua Região Nordeste.

COM INFORMÇÕES DO BLIG DO BG

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