Criado em 2017, por meio da Lei Federal nº 13.430, o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita – comemorado no terceiro sábado do mês de outubro – enfatiza a importância do diagnóstico e do tratamento adequados da sífilis, especialmente na gestante durante o pré-natal, a fim de prevenir a sífilis congênita.
No Rio Grande do Norte, nos últimos 10 anos, observa-se aumento de 809% no registro de casos de sífilis adquirida, de 406% no número de casos de sífilis em gestante e de 162% na identificação de casos de sífilis congênita. Em 2020, foram notificados 1.509 casos de sífilis adquirida, 951 casos de sífilis em gestantes e 529 casos de sífilis congênita. Em comparação ao ano de 2019, verifica-se um aumento de 3% na notificação de casos de sífilis em gestante, porém se observa redução de 12,1% e 11%, no número de casos de sífilis adquirida e de sífilis congênita, respectivamente. A diminuição no registro de casos de sífilis adquirida pode estar relacionada à redução de 12,2% no número de testes rápidos realizados para sífilis, no estado, diante do cenário de pandemia de covid-19 em 2020.
No último dia 07 de outubro, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) encaminhou ofício aos diretores dos Hospitais e Maternidades da Rede Cegonha do RN recomendando o diagnóstico, tratamento e notificação das parcerias sexuais de gestantes/parturientes/puérperas com diagnóstico de sífilis em gestante realizado no momento do parto, puerpério ou aborto, como estratégia fundamental para interromper a cadeia de transmissão desta infecção. O Ofício tem como anexo a Nota Técnica Conjunta Nº 005/2021, elaborada pelo Programa Estadual IST/Aids e Hepatites virais e Coordenação da Rede Materno Infantil.
O objetivo é que os profissionais de saúde estejam aptos a reconhecer as manifestações clínicas e realizar o diagnóstico em momento oportuno e iniciar o tratamento adequado, contribuindo assim, para a interrupção da cadeia de transmissão da sífilis.
Em virtude do Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, este ano celebrado em 16 de outubro, a Sesap, através das Subcoordenadorias de Vigilância Epidemiológica e de Atenção Primária à Saúde e Ações Programáticas, recomenda que os municípios continuem realizando o rastreamento da sífilis, oferecendo a testagem rápida, além de adotarem medidas para facilitar o acesso da população aos preservativos femininos e masculinos e ao tratamento, que são distribuídos gratuitamente pelo Ministério da Saúde a todos os municípios com casos confirmados da doença.
A Sesap orienta ainda que as ações para a redução da sífilis devem ser realizadas de forma contínua e sistemática, intensificando as ações de educação em saúde com foco na prevenção nas salas de espera e nas ações do Programa Saúde nas Escolas.