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Eleições 2022: pandemia impulsiona candidaturas de nomes da Saúde

PROFISSIONAIS DE SAÚDE DA LINHA DE FRENTE DO COMBATE À COVID-19 QUEREM DISPUTAR VAGAS EM ASSEMBLEIAS ESTADUAIS E NO CONGRESSO NACIONAL. FOTO: ALINE MASSUCA

A coordenação do combate à Covid-19, em diversas esferas do poder público, proporcionou uma visibilidade que, em alguns casos, poderá ser contabilizada em votos. Entre os candidatos da eleição de 2022, estarão ex-secretários de Saúde, médicos e enfermeiras que, por razões diversas, ganharam notoriedade no decorrer da pandemia.

De Norte a Sul do país, surgem pré-candidatos – como o médico Daniel Soranz, ex-secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, e a enfermeira Márcia Huçulak, ex-secretária municipal de Saúde de Curitiba.

A lista inclui ainda nomes como o da enfermeira Mônica Calazans, que não exerceu cargo de liderança, mas ficou conhecida como a primeira pessoa a receber uma dose de vacina contra a Covid-19 no Brasil.

Recorde de candidatos

Nenhuma região terá tantos candidatos credenciados pela pandemia quanto o Nordeste. Dos nove estados, ao menos seis apostam em nomes que tiveram destaque na crise sanitária como puxadores de voto para o Congresso Nacional e as câmaras locais.

Na Paraíba, por exemplo, a aposta é Antônio Cristóvão Queiroga Neto, filho mais novo do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e que deve concorrer à Câmara dos Deputados pelo PL de Bolsonaro. Outro cotado é o ex-secretário de saúde do estado Geraldo Antônio Medeiros, que pleiteia uma vaga na Assembleia Legislativa do estado pelo Cidadania.

“Capitã Cloroquina”

No Ceará, o posto de puxador de voto deverá ficar com a ex-secretária Mayra Pinheiro, que ocupou o comando da pasta de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde. Conhecida como “Capitã Cloroquina”, pela defesa de medicamentos ineficazes contra Covid-19, a médica é o nome do PL para uma cadeira na Câmara federal.

O Piauí também terá um ex-secretário de saúde concorrendo ao Congresso: Florentino Alves Veras Neto busca se eleger deputado federal pelo PT. Wellington Dias é outro nome forte do partido para o Senado Federal.

Filho de Renan Calheiros

Cenário semelhante se desenha no Maranhão, com o ex-secretário Carlos Eduardo de Oliveira Lula como candidato a deputado estadual pelo PSB. O ex-governador Flávio Dino, também filiado ao partido, tentará se eleger senador.

No Alagoas, as apostas ficam por conta da candidatura do ex-secretário de saúde do estado Cláudio Alexandre Ayres da Costa. O emedebista disputará uma cadeira na Assembleia Legislativa do estado. O ex-governador e filho do senador Renan Calheiros, Renan Filho, é favorito do MDB local para o Senado.

Médica bolsonarista

A Bahia também não ficou de fora e terá médicos na disputa por cargos eletivos. O PDT lançou o ex-secretário Leonardo Silva Prates para a Câmara Federal. Outra candidatura vista com destaque no estado é a da médica bolsonarista Raíssa Soares, que concorre ao Senado pelo partido do presidente, o PL.

Popularmente apelidada de “Doutora Cloroquina”, a profissional de saúde chega alinhada com a base de apoio do governo, em razão da defesa do medicamento ineficaz no combate da doença.

Metrópoles

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