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Efeito Magaly: diretora do Lacen confirma que governo adquiriu cem mil testes Swab estipulando quantidade na base do “achismo”

MAGALY CRISTINA: “A GENTE ESTIPULOU EM CIMA DE (QUANTITATIVOS) DE OUTROS LACENS (LABORATÓRIOS DE OUTROS ESTADOS), QUE JÁ VINHAM FAZENDO”

Nervosa, a diretora diretora-geral do Lacen,  Magaly Cristina, terminou confirmando, nesta quarta-feira, 18, que o governo do estado definiu na base do “achismo” a quantidade de testes Swab adquirida para o diagnóstico da COVID 19. Magaly se enrolou toda diante de questionamento feito pelo deputado estadual Tomba Farias (PSDB), que participava da reunião da CPI da COVID, como suplente do colega Gustavo Carvalho.

Tomba – A senhora sabe informar como se chegou ao quantitativo das aquisições dos cem mil cotonetes e 40 kits reagentes de testes Swab?

Magaly – No primeiro momento nós não tínhamos um quantitativo, como eu posso dizer?… Estávamos vivendo um momento que precisava expandir mais os testes e aí nós mesmo achamos que em torno cem mil testes ia ser a necessidade, nós fizemos mais do que isso…

Tomba – Porque não há registro nos autos de que essa metodologia teria sido observada nessas aquisições?

Magaly – Não sei lhe dizer…

Tomba – A senhora não sabe dizer se não há registro, nos autos, da metodologia para ser feitas as aquisições?

Magaly – Não tô entendendo bem a pergunta…

A servidora mostrou desconhecimento de que na administração pública, os processos de compra têm que ter uma justificativa para os quantitativos, seja qual for o material que o poder público esteja adquirindo. Para isso, existem metodologias para se chegar a esses números. No entanto, segundo o deputado Kelps Lima (Solidariedade), nesse processo dos testes Swab, e em quase todos que estão sendo investigados na CPI, não há justificativa de onde os números surgiram. “Agente tem que ter uma justificativa de como se chegou a esses quantitativos”, lembrou Kelps.  

Magaly Cristina confirmou , de fato, a inexistência de metodologia para justificar a quantidade de testes comprada: “A gente não tinha conhecimento, mesmo, de quanto tempo iria durar a pandemia. A gente estipulou em cima de (quantitativos) de outros Lacens (laboratórios de outros estados), que já vinham fazendo. Como não era só para Covid, poderia ser para qualquer pessoa que tivesse com sintomas gripais, nós pensamos que poderíamos abrir mais e a gente não tinha estimativa de quanto a gente ia gastar, realmente”, enfatizou.

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