A defesa do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), entrou com pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para adiar o julgamento marcado para quarta-feira, em que o plenário da corte vai decidir se recebe ou não a denúncia contra o parlamentar. Se a denúncia for recebida, o inquérito contra Cunha será transformado em ação penal, e ele será o primeiro réu da Lava-Jato com foro especial.
O caso trata de suposto recebimento de propina no valor de US$ 5 milhões por parte do parlamentar. Em troca, ele teria facilitado a contratação de navios-sonda pela Petrobras. Um dos alicerces da investigação é a delação premiada do lobista Julio Camargo. Um dos recursos apresentados pela defesa pede que todos os depoimentos do lobista sejam acrescentados ao inquérito, e não apenas alguns, como foi feito. No outro recurso, os advogados pedem mais prazo para apresentar nova manifestação ao tribunal.
Os advogados de Eduardo Cunha alegam que, antes de realizar esse julgamento, o tribunal precisa analisar, em sessão prévia, dois recursos apresentados por Cunha. A decisão de adiar ou não o julgamento caberá ao relator da Lava-Jato no STF, ministro Teori Zavascki.