O PSL, partido de Bolsonaro, deve decidir nesta segunda-feira, dia 1, se vai apresentar ou não destaques na votação do relatório da reforma da Previdência na Comissão Especial da Câmara que analisa mudanças nas regras de aposentadoria.
O coordenador da bancada do PSL no colegiado, deputado Alexandre Frota (SP), afirmou que o presidente nacional do partido, Luciano Bivar (PE), solicitou que a legenda não apresente qualquer pedido de alteração ao texto e que a questão está fechada. “Paulo Guedes não concorda com mais desidratação, só quer hidratação”, disse Frota.
Até a última sexta-feira o partido ainda estudava atender a uma demanda da chamada “bancada da bala” para afrouxar a regra de transição, o pedágio e a regra permanente para servidores da segurança pública nos Estados. Cerca de 40% dos deputados do PSL são oriundos da área de segurança. “Game over sobre destaques. Segurança pública teria R$ 20 bilhões a menos (na economia esperada). Não dá”, afirmou Frota.
O líder do partido na Câmara, Delegado Waldir (GO), disse que será realizada uma reunião na noite desta segunda-feira para bater o martelo sobre a questão. Mas, de acordo com ele, há uma tendência a seguir a recomendação de Bivar.
A apresentação de destaques ao texto apresentado pelo relator Samuel Moreira (PSDB-SP) poderia atrasar ainda mais a tramitação da reforma na Câmara. A ideia inicial era que o relatório tivesse sido votado na Comissão Especial na semana passada, para chegar ao plenário já nesta semana. Mas ainda há deputados pedindo mudanças no texto.
Acordo
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tenta fechar um acordo com todas as legendas a favor da reforma para que nenhuma delas apresente destaques na Comissão Especial, para garantir a aprovação da medida.
Maia se reúne com governadores amanhã pela manhã para ainda tentar a inclusão de Estados e municípios no texto. A leitura do voto complementar do relator, Samuel Moreira, está prevista para o início da tarde da terça-feira. O plano de Maia é votar o texto no plenário ainda antes do início do recesso parlamentar, no próximo dia 18.
Com informações: Estadão