Ex-senadores que cumpriram mandato até o começo do ano se despediram do Congresso Nacional com gastos de quase R$ 1 milhão somente em janeiro de 2019, mês de recesso do Legislativo –a Casa só retomou os trabalhos em 2 de fevereiro. A lista inclui nomes que não conseguiram se reeleger ou que não concorreram ao Senado, além de suplentes que estavam em exercício do mandato. O principal volume de reembolsos, que soma mais de R$ 220 mil, diz respeito a despesas com alimentação, combustíveis e diárias em hotéis.
Os custos fazem parte da cota parlamentar (o chamado “cotão”) e não há por parte do Senado restrição a políticos em fim de mandato. As normas da Casa também não impõem limites específicos, o que permite que um congressista gaste mais de mil reais em uma única nota de refeição, isto é, valor superior ao do salário mínimo (R$ 998). É o caso do bispo Guaracy Silveira (PSL-TO), suplente de Kátia Abreu (PDT-TO) e que, à época no partido Democracia Cristã, assumiu quando a titular foi escolhida vice na chapa do então candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT).
O religioso foi senador entre 31 de outubro do ano passado e 31 de janeiro de 2019, período em que gastou, no total, período em que gastou, no total, R$ 75.645,60 do cotão. Mesmo ciente que Kátia retomaria o mandato, Guaracy teve despesas de R$ 25.215,20 em janeiro deste ano, tudo pago pelo Senado. Praticamente metade (R$ 10.454,04) se deu com a confecção de 7.500 livretos a título de “divulgação de atividade parlamentar”, sendo que o bispo esteve no cargo por três meses.
Em janeiro, Guaracy pediu reembolsos no valor de R$ 3.352,31 somente com refeições. No dia 8, por exemplo, ele gastou R$ 784,79 no Rubaiyat, um dos restaurantes famosos de Brasília. No dia 12, esteve no refinado Tejo, especializado na gastronomia portuguesa, onde pagou R$ 369. Naquele mesmo dia, o ex-parlamentar ainda teve tempGuaracy pediu reembolsos no valor de R$ 3.352,31 somente com refeições. No dia 8, por exemplo, ele gastou R$ 784,79 no Rubaiyat, um dos restaurantes famosos de Brasília. No dia 12, esteve no refinado Tejo, especializado na gastronomia portuguesa, onde pagou R$ 369. Naquele mesmo dia, o ex-parlamentar ainda teve tempo de ir à churrascaria Fogo de Chão, onde consumiu R$ 484.
O maior gasto com comida ocorreu em 28 de janeiro: R$ 1.249,80 no Bristol Hotel, situado no Setor Hoteleiro Sul de Brasília. O Senado não detalha se Guaracy comeu sozinho ou se pagou para terceiros, tampouco descreve o número de refeições servidas.
Com informações: UOL