Dos 1507 casos notificados para a COVID -19, no Rio Grande do Norte, 367 foram descartados, diz o boletim epidemiológico emitido nesta segunda-feira (30) da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap). Desse total, 1414 são suspeitos, 68 confirmados e 1 óbito. Os dados estão compreendidos entre o primeiro caso notificado no estado e o dia 28 de março, podendo já ter passado por alterações.
Entre os dados, o número de 122 exclusões para a síndrome respiratória aguda grave coronavírus 2 (SARS-CoV-2) é uma preocupação a mais para a Sesap, pois, como consta no boletim, “um fator preocupante, pois significa dizer que pessoas que não preenchem os critérios de casos suspeitos estão sendo atendidas e seus exames estão sendo coletados, gerando o aumento da concentração de atendimento nos serviços de saúde”.
Os casos excluídos, passaram antes pela a suspeita e portanto tiveram os procedimento feitos conforme determinação do Ministério da Saúde e da Sesap. No documento há o reforço para seguir o protocolo e evitar o crescimento desse número.
Com o aumento do número de casos, identifica-se um crescimento do perfil feminino entre 20 e 39 anos, diferente do esperado pelo Ministério da Saúde, com a verificação de uma curva ascendente de idosos acima de 60 anos em especial na faixa entre 70 e 90 anos.
Entre os municípios do Rio Grande do Norte com maior número de casos suspeitos estão Natal (504), Mossoró (132), Parnamirim (77), Açú (24), Guaimaré (23), Baraúna (21), Macaíba (20), São Gonçalo do Amarante (18), Caicó (15). Os outros estão abaixo desses números.
Os municípios de Currais Novos, Florância, Frutuoso, Japi, Monte Alegre, Parazinho, Passa e Fica, Ruy Barbosa, Serra do Mel, Sítio Novo e Vera Cruz não apresentam nenhum caso suspeito para o COVID-19.
Ainda não há vacina ou medicamentos para a doença, o tratamento é feito como suporte e auxílio ao paciente e inespecífico, conforme as especificidades apresentadas pelo paciente. Os pacientes com quadro de saúde considerado suspeito para a doença deve ser colocado em isolamento domiciliar, porém a coleta dos exames somente será realizada em pacientes hospitalizados, ou de risco e profissionais da saúde.
Conforme o boletim, é considerado caso suspeito, por critérios clínicos, o paciente que apresente febre (acima de 37,8°) E/OU pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, produção de escarro, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta, coriza, saturação de O2 < 95%, sinais de cianose, batimento de asa de nariz, tiragem intercostal e dispneia).
Por critério epidemiológico, será suspeito o caso em que nos últimos 14 dias tenha tido contato com alguém que tenha o diagnóstico confirmado ou suspeito.
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