
Dos 10 produtos mais exportados pelo Rio Grande do Norte para os Estados Unidos, apenas dois ficaram de fora da lista de exclusões do tarifaço de Trump: o óleo combustível (fuel oil) e a castanha de caju (cashew nuts).
Todos os outros deverão sofrer a tarifa que pode chegar a 50%, incluindo pescados e o sal.
Os 10 produtos que o Rio Grande do Norte mais exporta para os EUA são:
Óleo combustível (HTSUS: 27101922)
Outros produtos de origem animal, impróprios para consumo humano (HTSUS: 05119999)
Atuns frescos ou refrigerados de olho grande (“Thunnus obesus”) (HTSUS: 03023400)
Chocolates, caramelos, doces, tabletes, não contendo cacau (HTSUS: 17049020)
Sal a granel, sem aditivos (HTSUS: 25010011)
Atuns frescos/refrigerados de barbatana amarela, exceto filés de peixe (HTSUS: 03023200)
Outro granito trabalhado, outros processos e artigos (HTSUS: 68029390)
Outro açúcar de cana (HTSUS: 17011400)
Outro peixe congelado, exceto filés, outras carnes, etc. (HTSUS: 03038990)
Castanha de caju, fresca/seca, sem casca (HTSUS: 08013200)
Outro peixe, fresco ou refrigerado (HTSUS: 03028990)
Em 2025, as exportações gerais do RN somam US$ 438.998.331. Já o exportado para os EUA soma US$ 67.138.920.
A taxação dos produtos começará a valer daqui a 7 dias. De acordo com o comunicado da Casa Branca, a medida visa “lidar com políticas, práticas e ações recentes do governo brasileiro que constituem uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos”.
A medida havia sido anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no dia 9 de julho. É a maior tarifa entre as anunciadas para países que exportam ao país. Segundo Trump, a sobretaxa é imposta, em parte, devido aos “ataques insidiosos do Brasil às eleições livres e aos direitos fundamentais de liberdade de expressão dos americanos”.
Atualmente, 80% do atum fresco pescado pelos barcos do Rio Grande do Norte são exportados para os EUA. Isso representa US$ 50 milhões por ano, o que equivale a cerca de 4 mil toneladas do pescado. O valor representa aproximadamente R$ 278 milhões.
Esse setor e os outros que não foram excluídos terão aguardar agora para ver como será o plano de compensação que o governo federal prepara para evitar prejuízos aos produtores brasileiros.
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1 Comentário
As castanhas de caju não ficaram de fora do tarifaço, apenas a Castanha do Pará, lá chamada de “Brazil nuts”, provavelmente a fonte da confusão na matéria.