O dólar recua, nesta sexta-feira, 5, refletindo o maior apetite a risco nos mercados globais. Entre os fatores que impulsionam esse movimento estão os dados de desemprego dos Estados Unidos, considerado um dos melhores da história, e a perspectiva de que a economia se aqueça conforme os estímulos dos governos e bancos centrais forem liberados. Às 10h36, o dólar comercial caía 2,878%% e era vendido por 4,983 reais. É a primeira vez desde 13 de março que a moeda americana é negociada abaixo de 5 reais. Com isso, a divisa caminha para fechar em queda pela terceira semana consecutiva.
A explicação é que, nesta manhã, o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos divulgou o payroll de maio, que mede a variação a dos postos de trabalho não-agrícola. Os resultados apontaram crescimento do mercado de trabalho, pegando o mercado de surpresa. Enquanto se esperava a perda de até 8 milhões de postos, foram criados 2,5 milhões, reduzindo a taxa de desemprego de 14,7% para 13,3%. Pelas projeções do mercado, o desemprego saltaria para 19,7%.
“Foi o melhor payroll da história. Absolutamente todo mundo errou [as projeções]. Todos os analistas erraram muito”, afirmou Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset. Segundo ele, isso foi possível graças a dinâmica do mercado de trabalho americano. “Lá eles destróem e criam empregos em uma velocidade muito forte.”
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