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DNIT falta a reunião e deixa Crea sem detalhes sobre obra da Ponte de Igapó

FOTO: REPRODUÇÃO

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) não enviou representante para a plenária extraordinária desta segunda-feira (18) do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Norte (Crea-RN). A reunião havia sido convocada para, entre outros pontos, discutir a obra de restauração da Ponte de Igapó.

A participação de um representante do DNIT na reunião estava confirmada desde a semana passada. Mas, de última hora, o engenheiro Rodrigo de Freitas, chefe do Serviço de Manutenção do órgão, cancelou a ida alegando conflito de agenda.

Em nota, o Crea disse lamentar a ausência do DNIT no encontro. “Lamentamos o cancelamento da apresentação por entender ser de grande importância para toda a população natalense conhecer como se dará essa obra para a correção dos danos existentes na ponte”, afirmou o conselho.

“Foi uma surpresa para nós esse cancelamento. O DNIT perdeu uma oportunidade de esclarecer, não só a nós engenheiros, mas aos cidadãos que estão sem informações sobre a execução desse importante equipamento público”, disse o presidente em exercício do Crea-RN, Jorian Alves de Morais.

Em nota enviada ao Crea, o DNIT alegou problemas de agenda para o não comparecimento ao Crea. “Todavia, nos comprometemos a responder por escrito a todos os questionamentos desse Conselho, ou agendarmos uma apresentação para uma outra data”, diz o texto.

Detalhes da obra

Segundo o DNIT, a restauração da Ponte de Igapó será realizada em 12 meses, ao custo de R$ 20,8 milhões.

A ponte está interditada no sentido da Zona Norte para o Centro desde a última terça-feira (12), para a primeira etapa das obras. O sentido oposto está funcionando como mão dupla. Segundo o DNIT, a primeira etapa da obra vai durar seis meses. Após esse prazo, as obras serão transferidas para o sentido oposto, também com interdição.

A empresa vencedora da licitação foi a Jatobeton Engenharia Ltda., sediada em Recife (PE). A contratação aconteceu no modelo de Regime Diferenciado de Contratação Integrada (RDC-I). Nesse modelo, uma empresa vence a licitação tanto para elaborar o projeto quanto para executar a obra propriamente dita.

Os serviços previstos para a ponte compreendem a restauração e reforço de estacas, blocos e pilares, substituição dos aparelhos de apoio, demolição de elementos deteriorados, reforço das vigas, substituição dos drenos e juntas estruturais, recuperação das barreiras, dos refúgios da ponte ferroviária, dos passeios de pedestres e guarda-corpos, além da substituição do revestimento asfáltico.

O Crea-RN e o DNIT têm avaliações diferentes sobre a Ponte de Igapó. Um laudo emitido pelo conselho aponta que houve danos estruturais à ponte após a explosão da bomba de pólvora prensada em março deste ano. Já o DNIT contesta esse laudo e indica que não houve danos, apontando que a obra de restauração já era necessária antes da bomba.

Com informações do Portal da 98 FM

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