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Dispositivo patenteado na UFRN permite melhorar treinamento de alunos na área da saúde

FOTO: CÍCERO OLIVEIRA

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) recebeu neste mês de outubro o registro do patenteamento de uma nova invenção na área da saúde. Fomentado no âmbito do Departamento de Medicina Integrada, a nova tecnologia recebeu o nome de Dispositivo ajustável ao corpo e personalizável para treinamento em manejo de feridas e foi desenvolvida com o objetivo de facilitar o ensino e avaliação no manejo de ferimentos em geral.

“Seja um ferimento agudo, como visto em um acidente doméstico, um produzido por acidente de trabalho, um resultante de violência ou um resultante de acidente com animais peçonhentos, seja um ferimento crônico, como os observados em pacientes acamados ou em pessoas com diabetes, que evolui para feridas de difícil cicatrização, as chamadas úlceras: em todos esses casos, ele é ajustável ao corpo e permite o ensino e a avaliação de habilidades de comunicação e atitudinais, as quais são imprescindíveis para qualquer profissional de saúde diante destes atendimentos”, explica o professor José Luiz de Souza Neto.

O equipamento é composto por duas regiões: a região de suporte, responsável pela fixação do dispositivo ao corpo do usuário, e uma de treinamento, na qual será executado o treinamento propriamente dito. A primeira possui uma camada superficial que pode ser constituída de silicone, enquanto a segunda é composta de camadas que ‘imitam’ as equivalentes ao corpo. Nesse caso, a camada superficial pode ser produzida em silicone, ao passo que a inferior é constituída por materiais que simulam o tecido subcutâneo. Há também um reservatório de paredes deformáveis conectado aos tubos de látex e que gera fluxo de líquido com corante, ‘copiando’ o fluxo de sangue.

“Posso dizer, com certa tranquilidade, que todos nós, em algum dia, já fomos atendidos por termos sofrido algum tipo de ferimento. São lesões que podem ser muito simples ou graves ao ponto de colocar a vida em risco, isso a depender do caso, do agente causador, por exemplo. Dessa forma, existe uma grande variedade de possibilidades que necessitam de alguns cuidados específicos. Reproduzir cada uma dessas possibilidades não é tarefa fácil, por vezes se tem de recorrer a algumas maquiagens de ‘efeitos especiais’ para simular os ferimentos ou utilizar alguns produtos comercialmente disponíveis que são normalmente caros e limitados ou de uso inconveniente por serem difíceis de vestir e retirar”, coloca o docente.

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