SELO BLOG FM (4)

Discrepância entre salários de pretos e brancos no setor cultural do RN é a 2ª maior do Brasil, aponta IBGE

FOTO: SANDRO MENEZES

Em 2020, o rendimento das pessoas brancas que atuavam no setor cultural do Rio Grande do Norte foi de 2.708 reais, ao passo que as pessoas pretas ou pardas receberam 1.492 reais – o que equivale a 55% do valor do rendimento das pessoas brancas. Comparando com os outros estados do país, essa é a segunda maior diferença de rendimentos no setor cultural (1.216 reais), ficando atrás apenas do estado de Pernambuco (diferença de 1.295 reais).

Os dados constam na Síntese de Informações e Indicadores Culturais 2009-2020, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A publicação compila dados e indicadores de pesquisas do Instituto, trazendo um recorte de inúmeras dimensões do setor cultural do país.

Ainda dentro dos temas abordados, a análise mostrou que, no RN, o ano de 2020 foi o primeiro em que foi registrado renda para homens e mulheres acima de 2.000 reais, com os homens desta vez obtendo um valor um pouco maior (2.075 reais) que o das mulheres (2.056 reais). Ademais, o rendimento médio foi de 2.065 reais, o maior entre os estados do Nordeste neste ano.

A maior diferença em 2020 foi observada em Sergipe, 1.043 reais, sendo: 1.866 reais para homens e 823 para mulheres. Apesar de ter ficado acima da média de rendimentos do Nordeste (1.401 reais), o RN ainda se encontra abaixo da média nacional (2.478).

A despesa com cultura do governo do RN em 2019 foi cerca de 22 milhões de reais, e em 2020 aumentou para um valor próximo de 51 milhões. Trata-se de um incremento de cerca de 132%. Este aumento também foi observado nos demais estados do Brasil.

No que se refere às despesas com cultura das famílias nos anos de 2017-2018, o gasto no RN foi em média de 248 reais por mês, superando a média registrada para a região Nordeste (188 reais). Isso garantiu ao estado potiguar a segunda colocação do Norte/Nordeste nesse quesito, atrás apenas do Amapá (256 reais). O Piauí o último colocado em gastos familiares com cultura (127 reais) no Brasil. A primeira colocação nacional foi o DF (629 reais).

Outro dado da pesquisa mostrou que os estados do Nordeste tiveram uma diminuição do número de unidades locais (organizações, empresas, filiais) do ramo cultural quando comparado o ano de 2009 com o de 2019.

No  Rio Grande do Norte, a redução foi de 60 estabelecimentos (0,8%), saindo de 3.042 unidades em 2009, para 2.982 em 2019. Apesar dessa queda não ter sido tão acentuada, a diminuição fez com que o RN figurasse entre os cinco últimos estados em termos de participação das unidades locais no total do país.

Conforme dados do Cadastro Central de Empresas (CEMPRE), em 2009 o RN respondia por 5,6% dos estabelecimentos culturais do Brasil, percentual que caiu para 4,8% em 2019.

Compartilhe

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram

Comente aqui