Uma pergunta que não quer calar: se o Departamento Nacional de Infraestrutura de Trânsito (Dnit) considera que a velha Ponte de Igapó, que há 29 anos não tem manutenção, se encontra em “situação de emergência”, porque a mesma não é fechada enquanto é providenciada a recuperação de sua estrutura?
E como perguntar não ofende, em uma hipotética situação de desabamento, a responsabilidade seria do Dnit, da Prefeitura do Natal ou do Governo do Estado?
Em nota divulgada na tarde desta sexta-feira (8), o Dnit informou que a declaração de emergência se dá pelo “avanço exponencial” observado, nas últimas três inspeções realizadas em maio e novembro de 2018 e fevereiro de 2019, no nível de degradação de algumas peças estruturais da ponte, “o que torna necessário, para barrar tal avanço, que sejam tomadas medidas de recuperação/reforço imediatas em tais elementos, de maneira que se possa continuar garantindo a segurança dos usuários e a manutenção do bem público”.
Com 606 metros de extensão e 12 metros e meio de largura, a Ponte de Igapó recebe, diariamente, cerca de 80 mil veículos, 37 linhas de ônibus e 13 viagens de VLT. A última manutenção na Ponte de Igapó foi realizada em 1990. De lá pra cá, os moradores não têm conhecimento de nenhum reparo feito na estrutura.