A presidente afastada Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira que está disposta a visitar qualquer país para o qual for convidada e até mesmo o papa Francisco, mas esclareceu que se concentrará em sua defesa.
Um dia após ser afastada do cargo para responder ao julgamento político que o Senado abriu e pode cassar seu mandato, Dilma declarou a correspondentes estrangeiros que não tem planos, pelo menos por enquanto, de viajar ao exterior para denunciar o “golpe” que ela considera que está em curso no Brasil.
Após explicar que, por enquanto, se propõe a concentrar-se em sua defesa perante o Senado, também ressaltou que está disposta a visitar qualquer país que a convide e teve palavras de especial carinho em relação a Francisco.
“Se o papa me convidar, eu vou (ao Vaticano)”, afirmou Dilma, que indicou que as duas vezes que esteve com Francisco, durante a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro e na Santa Sé, se sentiu “muito próxima” e que compartilha sua visão do mundo.
“Desde que iniciou seu pontificado cumpre um papel muito importante no mundo em termos de valores”, comentou Dilma.
“Francisco é um papa adequado ao momento que o mundo vive, atende as demandas e as diferenças do século 21, os temas das mulheres e os gays e, principalmente, não julga as pessoas”, concluiu Dilma.
UOL