Com as obras paradas há quase dez anos, o futuro do hotel que a empresa paulista HWF estava construindo na Via Costeira de Natal, mais conhecido como “Hotel BRA”, continua indefinido. O edifício, embargado pela prefeitura em 2005 por violar o Plano Diretor da cidade, segue sendo pivô de uma prolongada disputa na justiça. Desde 2006, os operários estão impedidos de retornarem ao local da construção, que hoje acumula lixo e mato, além de empoçar água parada, servindo ainda como possível criadouro para o mosquito Aedes aegypti.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), que entrou com o primeiro pedido de paralisação das obras em junho de 2005, após verificar que o prédio possuía um andar a mais que o permitido para aquela área da cidade, alega hoje não poder tomar nenhuma atitude enquanto não for deferida uma solução final para o caso.
O grupo NATHWF Empreendimentos, responsável pelo “Hotel BRA” (que recebeu esse nome por ter como um dos sócios o dono da BRA Transportes aéreos), até já demonstrou interesse em retomar a construção mas foi impedido de seguir em frente por força de liminares na justiça. De acordo com uma avaliação feita em 2014 pela própria empresa, seriam necessários R$ 55 milhões para continuar a obra, onde já haviam sido gastos outros R$ 55 milhões.
De acordo com Ruy Gaspar, titular da pasta no Governo do Estado, o projeto inicial do “Hotel BRA” previa a abertura de 400 novos leitos na capital potiguar, gerando por volta de 450 vagas de emprego diretas e outras 10 mil indiretas. “Isso se ele [o hotel] estivesse funcionando hoje”, destaca o secretário. “Além disso, ainda era previsto a arrecadação de R$ 10 milhões em impostos por ano para o Rio Grande do Norte”.
Informações: Novo Jornal