O ator Pedro Cardoso foi parar nos tópicos mais comentados do Twitter após a exibição de sua entrevista para Marcelo Tas, no programa “Provocações”, da TV Cultura, na noite dessa terça-feira, 23. O ator comentou sobre a atual política do país e sobre o capitalismo impregnado da Rede Globo.
Entre outros assuntos, o ator comentou a situação política do Brasil e afirmou que “Deus acima de tudo é o lema do fascismo vigente no Brasil”.”Aí eu li lá um pensador que diz que a intolerância não pode ser tolerada porque ela nega o próprio fundamento da convivência. Então a intolerância… a pessoa que acha que o pensamento dela, dá a ela o direito de se impor ao outro… Como agora: ‘Deus acima de tudo’, que é o lema do fascismo vigente no Brasil… Como Deus pode estar acima de mim que não creio em Deus? Como alguém pode dizer pra mim que o Deus dele está acima de mim? Porque quando uma pessoa diz ‘Deus acima de tudo’ é o Deus da pessoa. Não é o Deus de qualquer um. Na história da humanidade, você sabe que todo mundo que fala em Deus está escondendo a sua vontade de ascensão social e de ganhar dinheiro”, afirmou o ator.
Pedro Cardoso afirmou ainda que se tornou uma pessoa de “extrema esquerda” e, ao falar sobre mais valia, disse que “quem ficou rica com o Agostinho foi a Globo”.”Nenhuma pessoa fica rica sem explorar a mais valia imensamente. Eu estou para encontrar um economista que me mostre uma outra estrutura de ficar rico que não seja você não dividir a riqueza do seu trabalho de maneira justa com as pessoas que produziram esse trabalho pra você. Eu era um cara de esquerda, agora eu sou uma pessoa de extrema esquerda”, disse o ator.
“Você vai falar de mais valia? E essa mais valia te deixou rico de que jeito?”, perguntou Marcelo Tas. “Não me deixou rico. Quem ficou rico com o Agostinho foi a Rede Globo. A Rede Globo, que é o capitalista naquele negócio e que tem possibilidade de ficar rico. Eu tenho 57 anos e eu não tenho uma economia que me possibilite não trabalhar. Eu venho ao Brasil trabalhar. E venho ao Brasil trabalhar pelo dinheiro da bilheteria…”, afirmou.
O Dia