Os usuários que dependem da Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat) no Rio Grande do Norte seguem enfrentando dificuldades para ter acesso à boa parte dos remédios. Nesta quarta-feira (23), dos 216 medicamentos fornecidos, 81 (pouco mais de um terço), estavam em falta, conforme lista disponível no site da Unicat e que passa por atualização diariamente. Do total, dois medicamentos estavam suspensos, 60 aguardavam licitação e 19 esperavam distribuição do Ministério da Saúde (MS).
Na Central, localizada no bairro do Tirol, em Natal, as queixas sobre a falta de remédios não são incomuns. São usuários que chegam à capital, em grande parte, vindos do interior. Eles relatam que, às vezes, ficam meses sem conseguir os medicamentos na Unicat. É o caso da dona de casa Liziane Alves, de 48 anos. Ela conta que saiu de Bom Jesus (no Agreste potiguar) de madrugada em busca das medicações. “Saí às 4h e quando cheguei aqui, fiquei sabendo que está faltando um remédio para os ossos e outro para o sono”, relata.
De acordo com a lista disponível no site da Unicat, a situação dos remédios citados nesta reportagem é a seguinte: gabapentina de 400 mg e formoterol budesonida (de 200 mg e 400 mg) estão em licitação; e quetiapina de 300 mg e tacrolimo, aguardam distribuição do Ministério da Saúde. Ainda de acordo com a lista, está suspenso o abatacepte (de 125 mg e 250 mg), para artrite reumatoide.
Em nota, a Secretaria de Saúde do Estado informou que “os setores técnicos e de gestão da Sesap, em parceria com a Unicat, vem aplicando todos os esforços para ampliar a aquisição de medicamentos e insumos. As compras no serviço público são feitas através de licitação, com livre concorrência, e, no caso de medicamentos e insumos hospitalares, há uma constante falta de empresas para o fornecimento, o que atrasa o processo de aquisição, levando às faltas.
Para dirimir tais situação, há uma força-tarefa permanente atuando nos processos de licitação, que estão acontecendo de modo mais célere nos meses recentes, diminuindo o atraso nas aquisições. A respeito do valor anteriormente bloqueado, a Unicat esclarece que os medicamentos que faziam parte do processo judicial foram adquiridos e entregues, com exceção de uma empresa que ainda não entregou”.
Com informações de Tribuna do Norte