A desembargadora carioca Marília Castro Neves – a mesma que afirmou em redes sociais que a vereadora Marielle Franco estava “engajada com bandidos” –, voltou a utilizar a mídia digital para, desta vez, desdenhar e fazer pouco caso do exercício profissional da professora norte-rio-grandense, Débora Araujo Seabra de Moura, a primeira professora com síndrome de Down do país, que ficou nacionalmente conhecida ao romper o preconceito lutando e mostrando o poder de transformação da inclusão.
Familiares de Débora – ela é filha da advogada Margarida Bezerril e do médico psiquiatra José Robério – e amigos estão diligenciando no sentido de denunciar a desembargadora ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que tripudia da educadora em sua postagem na rede social. “Aí me perguntei: o que será que essa professora ensina a quem??? Esperem um momento que eu fui ali me matar e voltou já, tá?”, escreveu a magistrada.
A professora Débora Seabra, por sua vez, escreveu uma carta destinada a desembargadora, onde explica que ensina muitas coisas às crianças, entre elas, a ser educadas e a aceitar as diferenças de cada pessoa.