O desabamento de parte do teto do setor de endoscopia do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, registrado na manhã desta segunda-feira (16), reflete o “envelhecimento” da estrutura da Unidade e a necessidade de um novo hospital para atender a demanda local na área de trauma. É o que avaliou o presidente do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed/RN), Geraldo Ferreira, em resposta à TRIBUNA DO NORTE no fim da manhã desta segunda.
Para o presidente do Sinmed/RN, o incidente reflete uma realidade constante na maioria dos hospitais que a entidade tem visitado, comprovando a deterioração de algumas unidades. Por conta disso, em alguns casos, ele defende ser preciso efetivar reformas urgentes.
Outros hospitais, por outro lado, necessitam da criação de uma estrutura mais completa porque já estão atuando no limite. “Esse é o caso do Walfredo Gurgel. Você pode realizar várias ações de reforma e melhoria, mas isso não vai resolver o problema do hospital. Tudo está sucateado: a rede elétrica, a rede hidráulica, infraestrutura, teto, etc”, completa.
Diante desse cenário, na visão de Geraldo Ferreira, uma das principais apostas para resolver a demanda do Walfredo Gurgel é a construção do Hospital Metropolitano do Rio Grande do Norte para assumir os casos de trauma. A obra, orçada em R$ 184,57 milhões, teve contrato firmado por representantes do Governo do Estado, Ministério da Saúde e da Caixa Econômica Federal em setembro deste ano. No total, a Unidade prevê a oferta de 350 leitos quando finalizada.
“O Walfredo, depois desse hospital construído, tem que passar realmente por uma reforma estrutural mais séria na finalidade que vai assumir, seja a cirurgia eletiva, seja o de hospital de retaguarda para o metropolitano”,argumenta o presidente do Sinmed/RN.
Ele reforça, ainda, que o que tem sistematicamente acontecido no Walfredo é o “envelhecimento” e “deterioração” que reformas pontuais não conseguem sanar a longo prazo. “As reformas pontuais já não dão conta, porque o hospital dá sinais de que está ultrapassado” , finaliza.
Tribuna do Norte