Os deputados federais gastaram R$ 140,2 milhões da cota parlamentar neste ano. O número ainda pode crescer, porque os parlamentares têm até 90 dias para apresentar algum documento comprovando despesas.
Até o momento, a campeã de uso da cota é a deputada Jessica Sales, do MDB do Acre, com R$ 530,7 mil. Desse total, 79,4%, ou R$ 421,4 mil, foram reservados para a divulgação da atividade parlamentar. Outros R$ 78,5 mil (14,7%) foram gastos com consultorias ou pesquisas.
O segundo lugar é da deputada Mara Rocha, do PSDB do Acre, com R$ 524,9 mil. Ela também reservou grande parte da cota para a divulgação do seu trabalho. Foram R$ 423,4 mil, ou 80,7% do total.
Completando o pódio, vem o deputado Wilson Santiago, do PTB da Paraíba, com R$ 503 mil. No caso dele, não há um componente que agregue a maioria dos gastos.
A cota parlamentar é uma quantia de dinheiro que cada congressista pode gastar com despesas relacionadas ao exercício do mandato, como aluguel de escritório no estado de origem, passagens e combustível, entre outros.
Dentre todas as possibilidades, a divulgação da atividade é o gasto preferido dos deputados. Essa categoria recebeu R$ 54 milhões da cota em 2021, o que representa 38,5% do total. Em seguida vem o aluguel de carros, com R$ 24,9 milhões (17,7% do total). O terceiro lugar é a manutenção de escritórios de apoio, com R$ 22 milhões, ou 15,7%.
O valor da cota parlamentar varia de acordo com o lugar de onde vem o político, porque deputados de estados mais distantes e com poucos e caros voos precisam de mais dinheiro para conseguir chegar a Brasília. O maior é de congressistas de Roraima, com R$ 45,6 mil por mês (R$ 547 mil por ano). Já o menor é de deputados do DF, com R$ 30,8 mil mensais ou R$ 369,5 mil anuais.
Metrópoles