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Deputados de cinco partidos da base de Lula formalizam apoio a impeachment; veja lista

FOTO: RICARDO STUCKERT

Trinta e seis deputados filiados a cinco partidos que integram a base de Lula assinam pedido de impeachment do presidente previsto para ser protocolado na Câmara, na semana que vem. Parlamentares do MDB, União Brasil, PSD, Republicanos e PP se juntaram ao PL e a outras legendas de oposição para cobrar o afastamento do mandatário.

Essas legendas – que aderiram ao governo, mas possuem núcleos bolsonaristas – estão distribuídas da seguinte maneira na Esplanada:

  • O União Brasil tem três ministros: Juscelino Filho (Comunicações), Celso Sabino (Turismo) e Waldez Góes (Desenvolvimento Regional);
  • O PSD também conta com três representantes no primeiro escalão do governo Lula: Alexandre Silveira (Minas e Energia), Carlos Fávaro (Agricultura) e André de Paula (Pesca);
  • O MDB é representado pelos ministros Renan Filho (Transportes), Jáder Filho (Cidades) e Simone Tebet (Planejamento);
  • Já o PP conta com o Ministério do Esporte, chefiado por André Fufuca, ex-líder da sigla na Câmara;
  • O Republicanos comanda Portos e Aeroportos com o deputado Silvio Costa Filho.

De autoria do deputado Rodolfo Nogueira (PL), o pedido de impeachment soma até o momento 117 signatários e tem como base irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no programa Pé-de-Meia, do Ministério da Educação (MEC).

O pedido de afastamento conta ainda com o apoio de parlamentares de Cidadania, Podemos, Novo e PRD. A coleta de assinaturas teve início após o TCU bloquear recursos bilionários destinados ao Pé-de-Meia, principal aposta do governo Lula na área da educação.

Esse programa fornece incentivo financeiro para estudantes do Ensino Médio inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). O benefício, de acordo com o governo federal, funciona como uma poupança, paga em parte ao fim de cada ano letivo. O objetivo é evitar a evasão escolar dos jovens em situação de vulnerabilidade social.

Congressistas de oposição denunciam haver “pedalada fiscal”, uma vez que foram empregados recursos que não estavam previstos em lei. A suposta pedalada seria de R$ 3 bilhões, segundo apontou o deputado Sanderson (PL-RS) ao TCU.

Marcel Van Hattem (Novo-RS) citou o impeachment de Dilma Rousseff, oficialmente causado por uma pedalada: “Há claros motivos para impeachment. Não havia previsão legal para a utilização de recursos do orçamento da União para o programa Pé-de-Meia. É um crime contra o orçamento, assim como foram as pedaladas fiscais que acabaram baseando o impeachment de Dilma Rousseff. Temos que ir para as ruas”.

Nomes

Entre os partidos da base, os deputados que apoiaram o impeachment de Lula são:

PSD (4 deputados)

  • Sargento Fahur (PSD-PR)
  • Rodrigo Estacho (PSD-PR)
  • Ismael dos Santos (PSD-SC)
  • Stefano Aguiar (PSD-MG)

PP (8 deputados)

  • Evair Vieira de Melo (PP-ES)
  • Dr. Luiz Ovando (PP-MS)
  • Delegado Fabio Costa (PP-AL)
  • Clarissa Tércio (PP-PE)
  • Pedro Westphalen (PP-RS)
  • Silvia Cristina (PP-RO)
  • Covatti Filho (PP-RS)
  • Afonso Hamm (PP-RS)

União Brasil (16 deputados)

  • Rodrigo Valadares (União-SE)
  • Kim Kataguiri (União-SP)
  • Coronel Assis (União-MT)
  • Rosangela Moro (União-SP)
  • Nicoletti (União-RR)
  • Dayany Bittencourt (União-CE)
  • Felipe Francischini (União-PR)
  • Coronel Ulysses (União-AC)
  • Nelsinho Padovani (União-PR)
  • Zacharias Kalil (União-GO)
  • Cristiane Lopes (União-RO)
  • Pastor Diniz (União-AC)
  • Alfredo Gaspar (União-AL)
  • Dr. Fernando Máximo (União-RO)
  • Eduardo Velloso (União-AC)
  • Maurício Carvalho (União-RO)

Republicanos (3 deputados)

  • Franciane Bayer (Republicanos-RS)
  • Messias Donato (Republicanos-ES)
  • Roberto Duarte (Republicanos-AC)

MDB (5 deputados)

  • Pezenti (MDB-SC)
  • Delegado Palumbo (MDB-SP)
  • Thiago Flores (MDB-RO)
  • Simone Marquetto (MDB-SP)
  • Osmar Terra (MDB-RS)

Metrópoles

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