Considerando a situação da saúde pública como sendo “dramática”, o deputado estadual Tomba Farias (PSDB) pediu para que o Ministério Público do Rio Grande do Norte intervenha junto ao governo do Estado para tentar solucionar o problema que atinge centenas de potiguares que precisam e não têm acesso a realizar cirurgias de amputação de membros, muitos desses procedimentos já determinados por ordem judicial.
“Peço o apoio do Ministério Público para que se tome as devidas providências”, disse Tomba, destacando que o governo Fátima Bezerra (PT) tem recursos para tudo, inclusive para autopromoção nos meios de comunicação, mas não tem para atender as necessidades médicas da população.
“Tenho diariamente clamado ao governo que encontre soluções para que as pessoas tenha o direito de amputar os seus membros. Em Santa Cruz tem um caso da paciente Sandra Maria da Silva, que estava com os dedos do pé necrosados, e que, só agora, por ordem judicial, foi autorizada a realização de uma consulta, onde se constatou que, pela demora, ela não terá apenas os dedos amputados, como também o seu pé”, revelou o parlamentar.
Lembrando que recente matéria jornalística veiculada pela Intertv Cabugi mostrou o drama vivido por quem precisa de amputação, Tomba Farias questiona até quando a população do Estado vai conviver e passar por esse tipo de situação, que, segundo ele, vai de encontro ao direito que todo cidadão tem de ter um atendimento de saúde digno.
“O governo do Estado fechou o Hospital Ruy Pereira e jogou os pacientes aos ‘trancos e barrancos’ no Hospital da Polícia Militar, onde a reportagem da Intertv Cabugi mostrou que naquela unidade hospitalar não tem papel higiênico nem alimentação para os usuários.
“Não aceito esse tipo de coisa que está acontecendo no estado do Rio Grande do Norte”, protestou.
O parlamentar revelou ainda a ocorrência de uma situação gritante de descaso com a saúde pública, ao declarar no Plenário da Assembleia Legislativa que um paciente – José Nilson Bezerra – teve a sua prótese para uma cirurgia de quadril erradamente destinada para outro paciente. A prótese que seria utilizada no senhor José Nilson Bezerra foi comprada através de decisão judicial, mediante bloqueio de recursos do Estado para a aquisição do equipamento.
“Sabe o que aconteceu, senhores deputados? A prótese foi usada em outro paciente. E então, até hoje, o paciente que tinha o direito a utilização da prótese, graças a uma decisão judicial, não teve a sua cirurgia feita e se encontra em uma cadeira de rodas”, ressaltou.