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Deputado Girão refuta PGR e nega ter usado verba pública para divulgar atos antidemocráticos

FOTO: REPRODUÇÃO/FACEBOOK

A Procuradoria-Geral da República (PGR) identificou repasses de quatro deputados do PSL para divulgar atos antidemocráticos, de acordo com reportagem publicada pelo jornal “O Globo” nesta segunda-feira (22). A TV Globo confirmou as informações. O dinheiro era da cota parlamentar, verba pública que deveria ser usada para atividades ligadas ao mandato.

Os quatro deputados são:

  • Bia Kicis (PSL-DF)
  • Guiga Peixoto (PSL-SP)
  • Aline Sleutjes (PSL-PR)
  • General Girão (PSL-RN)

O dinheiro da cota parlamentar desembolsado pelos deputados foi destinado à empresa Inclutech Tecnologia de Informação. A empresa pertence ao publicitário Sérgio Lima, responsável pela marca do partido que o presidente Jair Bolsonaro pretende criar, o Aliança pelo Brasil.

O inquérito que investiga os atos antidemocráticos foi aberto em abril, a pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras. O relator é o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). As investigações miram manifestações de rua que apresentaram reivindicações antidemocráticas e inconstitucionais, como o fechamento do Congresso, do STF e intervenção militar no governo federal.

Em um despacho no inquérito, o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques, escreveu que os parlamentares, além de repassarem o dinheiro para a divulgação dos atos, ajudar também na formulação das mensagens.

“(…) No ecossistema de redes sociais e propagação de ideias de mobilização social e realização de manifestações ostensivas nas ruas, há participação de parlamentares tanto na expressão e formulação de mensagens, quanto na sua propagação e visibilidade, quanto no convívio e financiamento de profissionais na área”, disse Jacques.

Nas redes sociais, Girão nega ter usado verba público para financiar manifestações contra a democracia.

G1

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