O deputado estadual Francisco do PT apresentou projeto de lei na Assembleia Legislativa reconhecendo a “Festa de São Sebastião – Padroeiro de Parelhas” como Patrimônio Cultural Imaterial, Religioso e Histórico do Estado do Rio Grande do Norte.
“Como em todas as comunidades interioranas, as festas de padroeiro, além do aspecto religioso, transformam-se em momentos de congraçamento e compartilhamento social, deixando ainda importantes registros de sua história e suas manifestações culturais”, justificou.
História – A secular Festa do Padroeiro São Sebastião, de Parelhas, teve sua origem em meados do século XIX, quando uma epidemia de cólera morbus infestou a atual região do Seridó Oriental e na então povoação de Parelhas. Esta doença dizimou parte da população local.
Sem nenhum recurso da medicina e sem condições logísticas para enfrentar a epidemia, os fundadores Felix Gomes Pereira, Sebastião Gomes de Oliveira e Cosme Luiz fizerem uma promessa a São Sebastião: se aquela peste acabasse seria construída uma capela em homenagem ao Santo e, todos os anos, de 10 a 20 de Janeiro, seria celebrada festa em seu louvor.
Assim, por razões subjetivas, a epidemia acabou em fins de 1855 e a promessa foi cumprida no ano seguinte com a construção da capela que ao longo do tempo passou por ampliações e atualmente é a Matriz de São Sebastião.
Além da construção da capela também vem sendo cumprida a secular promessa das celebrações do padroeiro, que se iniciaram em janeiro de 1856 e permanecem até hoje, tornando-se uma das mais tradicionais festas religiosas do Rio Grande do Norte. Vale aqui salientar que historicamente o ano da fundação do atual município de Parelhas é também 1856.