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Depois de 2 anos sem partido, Bolsonaro se filia ao PL nesta terça; Rogério Marinho também se filia à mesma legenda

FOTO: DIVULGAÇÃO/ALAN SANTOS

Após passar dois anos sem partido, o presidente Jair Bolsonaro filia-se nesta terça-feira (30/11) ao Partido Liberal (PL), sigla comandada por Valdemar Costa Neto, político condenado no Mensalão. A cerimônia vai ocorrer a partir das 10h, no auditório do complexo Brasil 21, em Brasília (DF).

Também devem se filiar à legenda nesta terça o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ). Por enquanto, os outros dois filhos políticos do presidente, o vereador do Rio Carlos e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (SP), seguirão no Republicanos e no PSL, respectivamente.

Os demais aliados com mandato na Câmara devem aguardar a janela partidária para migrarem para o PL, dado que atualmente a troca de partido pode acarretar perda de mandato.

Segundo o colunista Evandro Éboli, do Blog do Noblat, o PL estima uma bancada de deputados federais com, ao menos, 70 deputados. Hoje, a legenda conta com 43 parlamentares. Esses cerca de 30 deputados serão egressos de partidos distintos, mas a maioria do PSL. Cherini contabiliza até deputados do Podemos, de Sergio Moro.

Inicialmente, a cerimônia que formalizaria a filiação de Bolsonaro estava marcada para o dia 22 de novembro, em referência ao número do partido nas urnas, mas foi cancelada. O motivo foi o incômodo do presidente da República com possíveis alianças estaduais do PL em 2022. Entre elas, em São Paulo, onde a sigla planejava estar ao lado do hoje vice-governador, Rodrigo Garcia (PSDB), candidato de João Doria para sucedê-lo no Palácio dos Bandeirantes.

Interlocutores dizem que, antes de bater o martelo pela segunda vez, o mandatário teve conversas diárias com Valdemar da Costa Neto para solucionar o impasse da filiação.

Negociações frustradas

Bolsonaro deixou o PSL, partido pelo qual foi eleito presidente, em novembro de 2019, após uma série de desentendimentos com a cúpula da sigla. Na ocasião, assim que se desincompatibilizou da legenda, promoveu o lançamento de uma nova agremiação: o Aliança pelo Brasil. O projeto, entretanto, não saiu do papel em razão da dificuldade para recolher as assinaturas exigidas para registro perante o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Metrópoles

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