SELO BLOG FM (4)

Demissões atingem 62% dos trabalhadores do setor turístico em São Miguel do Gostoso

FOTO: WIKIMEDIA

O número assusta, é contundente, mas é a realidade em São Miguel do Gostoso, um dos destinos mais visitados do litoral norte potiguar. Famosa nacionalmente pelas belezas naturais, praias tranquilas, opções diversificadas de hotelaria e gastronomia e pela grandiosidade de eventos como o réveillon, a cidade amarga um cenário de desemprego em larga escala. Desde fevereiro deste ano, já foram demitidos 62% dos trabalhadores que atuavam em estabelecimentos turísticos. Quem confirma é Fábio Pereira, Presidente da Associação de Empreendedores de São Miguel do Gostoso e Região.

“Mesmo com um 2020 difícil, tivemos um ensaio de recuperação entre outubro e janeiro, só que durou pouco e tivemos um novo abalo a partir de fevereiro último, esse mais duro, se prolongando até agora. Mesmo com os mais recentes decretos estaduais não recomendando o fechamento de pousadas e restaurantes, de nada adiantou visto que continuamos obrigados a fechar às 20h e sem poder vender bebidas alcoólicas. O resultado foi esse alto percentual de demissões, além de uma queda no faturamento do comércio local chegando na casa dos 50%”, explica Fábio.

Essa soma dos altos índices de desemprego aliada à queda na arrecadação do município preocupa o empresariado pelo efeito social danoso, já que inevitavelmente aumenta a pressão nos programas sociais nas três esferas de governo numa economia já combalida. A projeção disso é pessimista com a circulação de dinheiro cada vez menor no comércio.

Na visão dos empresários da cidade, as perspectivas incertas de recuperação deverão manter o setor turístico ainda mais fragilizado, sobretudo na parte de eventos. São Miguel do Gostoso possui hoje 78 restaurantes e 131 pousadas e segundo o representante dos empreendedores, o quadro só não é mais drástico por uma característica específica local.

“Aqui nós temos uma particularidade que, por sorte, tem evitado o pior. Como grande parte dos empresários daqui que atuam no turismo são proprietários dos imóveis e não pagam aluguéis, até o momento não houve nenhum caso de fechamento em definitivo. Mas são vários os casos de fechamentos temporários ou funcionamentos parciais.

Blog do BG

Compartilhe

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram

Comente aqui