A defesa da presidente afastada, Dilma Rousseff, pediu à comissão do impeachment que a perícia a ser realizada responda se há ato direto dela nas pedaladas fiscais de 2015 constituídas pelo atraso de pagamentos do Tesouro ao Banco do Brasil por despesas relativas ao Plano Safra. A defesa fez ainda troca na lista de testemunhas indicadas. Entre as mudanças está a saída do vice-presidente do BB Osmar Dias, que é irmão do senador Álvaro Dias (PV-PR), e a entrada do ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE). A comissão se reúne nesta tarde para debater o cronograma dos trabalhos após o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) negar pedido do PT para suspender a reunião.
No documento em que pede a perícia, a defesa de Dilma insiste que seja indicado um organismo internacional para realizá-la, apesar de a comissão já ter decidido que a tarefa caberá ao Tribunal de Contas da União (TCU). O questionamento sobre as pedaladas fiscais busca um respaldo ao discurso de que não haveria ato da presidente em relação ao tema no único caso que consta da denúncia original
“Qual a participação da Sra. Presidenta da República na gestão de pagamentos e contrapartidas da União quanto à relação jurídica estabelecida com o Banco do Brasil?”, diz um dos questionamentos propostos pela defesa.
O Globo