
Natal segue como a única capital do Nordeste sem ônibus com ar-condicionado na frota do transporte público, mas isso pode estar com os dias contados. O vereador Leo Souza (Republicanos) apresentou um projeto de indicação para que a Prefeitura de Natal publique um decreto para regulamentar o serviço. A ausência dessa regulamentação é um dos obstáculos para que a população tenha acesso aos veículos climatizados até a conclusão da licitação do transporte público, que ainda está sob análise do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Segundo Leo Souza, o edital da licitação já prevê a inclusão de veículos climatizados, mas a espera pelo processo pode retardar a implementação por tempo indeterminado. “Em outras cidades, como João Pessoa e Fortaleza, a climatização foi regulamentada antes da licitação. Isso garantiu uma alternativa à população, que pode optar por pagar um valor maior para ter um serviço com mais conforto”, afirmou.
A ideia do decreto é permitir que as empresas operem uma frota paralela de ônibus climatizados, oferecendo o serviço como opção extra, semelhante ao que ocorre nos aplicativos de transporte. “Se alguém quer um carro mais confortável, solicita uma categoria superior no aplicativo. A proposta é que, nos ônibus, seja possível escolher um veículo com ar-condicionado, pagando uma tarifa diferenciada”, explicou Léo Souza.
O vereador argumentou que o modelo já funciona em várias cidades e que Natal não pode ficar para trás. “Nossa capital tem um clima quente e abafado durante boa parte do ano. O transporte público precisa oferecer uma alternativa para os usuários que buscam mais conforto”, defendeu. Segundo ele, a regulamentação por decreto permitiria que o serviço começasse a funcionar de imediato, sem necessidade de aguardar a finalização da licitação.
A proposta agora será encaminhada ao prefeito Paulinho Freire (União Brasil), que poderá decidir pela regulamentação imediata do serviço. Caso a ideia seja aceita, a cidade pode ter seus primeiros ônibus climatizados em circulação antes mesmo da conclusão da licitação do transporte público.
Transbike: Com baixo custo, equipamento pode ser solução para integrar ciclovias em Natal
Um dos problemas principais citados pelos ciclistas em Natal, a falta de interligação entre ciclovias pode ter ser remediada com um equipamento de baixo custo: o Transbike. Proposto pelo vereador Leo Souza (Republicanos), a instalação do item em ônibus de determinadas linhas de Natal está sendo estudada e pode ser uma novidade muito em breve.
“Transbike tem um custo bem baixo, cerca de R$ 800, e a Prefeitura até já sinalizou que pode custear a instalação dele em alguns ônibus, como forma de interliga as ciclovias. Vai permitir que o ciclista utilize o transporte coletivo para percursos mais longos, integrando a bicicleta ao ônibus e garantindo mais eficiência para quem opta por esse meio de transporte. Esse seria um ‘remédio’ para o problema que alguns ciclistas nos relataram na audiência pública que fizemos, que as ciclovias não se interligam”, afirmou.
O projeto da Transbike foi encaminhado à Procuradoria da Câmara Municipal e será apresentado em plenário após análise jurídica. A sugestão foi apresentada nesta semana, em audiência pública realizada realizada pela Comissão de Transporte, da qual Leo Souza é presidente, para discutir melhorias para o ciclista em Natal.
Entre as demandas apresentadas, estavam a necessidade de mais campanhas educativas para motoristas, expansão da malha cicloviária e soluções para integrar a bicicleta ao transporte público. O projeto se inspira em modelos já aplicados em outras cidades, como São Paulo e Curitiba, onde ônibus equipados com suportes para bicicletas ajudaram a popularizar o uso desse meio de transporte. A expectativa é que o estudo técnico da prefeitura indique o custo e a viabilidade da proposta, possibilitando que o serviço seja incluído na licitação do transporte público ou implementado como um programa paralelo.
Caso aprovado, o Transbike pode transformar a mobilidade urbana de Natal, oferecendo mais opções para ciclistas e reduzindo a dependência do transporte motorizado. “Precisamos pensar a cidade de forma integrada, garantindo que todos os meios de transporte possam coexistir e atender melhor à população”, concluiu Leo Souza.
Agora RN