O empresário da Construção Civil retomou sua confiança de crescimento no setor em agosto. É o que aponta a análise da Federação das Indústrias do RN (Fiern) sobre Sondagem realizada pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI). Em artigo publicado no site da Federação, a Fiern destaca não só a alta significativa, desde a queda brusca de Abril decorrente da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, mas também identifica um recorde na média histórica do índice. A confiança do empresário atingiu 54 pontos no mês. A marca está acima da registrada nos anos anteriores desde 2012 e supera a média do período, de 53,5 pontos.
Em relação aos outros meses do ano, esta é a quarta alta consecutiva desde abril, quando o índice despencou de 56 para 30 pontos. É a primeira vez após o início da pandemia que o índice supera a casa dos 50 pontos, o que, segundo o sistema, confirma a retomada da confiança do setor – a Sondagem considera que há falta de confiança quando o número está abaixo dessa marca.
O presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do RN (Sinduscon), Silvio Bezerra, declarou que “o dado é auspicioso e merece comemoração porque aponta que a retomada foi iniciada”. O representante destacou ainda o papel do Estado na atração de investimentos e disse que o momento é propício por conta dos juros em patamar baixo e do interesse crescente de investidores estrangeiros no RN. “A construção civil do Rio Grande do Norte tem tudo para deslanchar novamente. É preciso, contudo, que as cidades do litoral e Natal se preparem para recepcionarem esses novos empreendimentos”, concluiu.
A análise da Fiern também deu destaque para alterações positivas em outros indicadores. O índice de nível de atividade alcançou 48,1 pontos em julho, representando alta de 3,8 pontos em relação ao mês anterior. O índice de evolução do número de empregados passou de 43,4 pontos em junho para 46,8 pontos em julho. Já a Utilização da Capacidade Operacional (UCO), passou de 55% em junho para 58% em julho, recuperando grande parte da queda de março e abril e mantendo-se superior à média para o mês entre 2015 e 2017. Com resultados que seguem essa tendência de alta, os indicadores das expectativas de compras de insumos e matérias-primas e na intenção de investimentos, a confirmam que o mercado começa a estabelecer um patamar equivalente ao encontrado no período pré-pandemia, com otimismo e expectativa de um futuro próximo ainda mais promissor.