SELO BLOG FM (4)

CUT e CTB recusam convite de Temer para discutir Previdência

MANIFESTAÇÃO ORGANIZADA PELA CUT EM BRASÍLIA A FAVOR DE DILMA ROUSSEFF. - ANDRÉ COELHO / AGÊNCIA O GLOBO

MANIFESTAÇÃO ORGANIZADA PELA CUT EM BRASÍLIA A FAVOR DE DILMA ROUSSEFF. – ANDRÉ COELHO / AGÊNCIA O GLOBO

Reunião com sindicalistas foi marcada para esta segunda-feira às 15h

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) não irão ao Palácio do Planalto se reunir com o presidente interino Michel Temer e outras centrais sindicais. Para negociar a reforma da Previdência, Temer também convidou centrais que já haviam se reunido com ele há três semanas, quando ele ainda não havia assumido a Presidência. A reunião está marcada para hoje às 15h

“A CUT não reconhece golpistas como governantes. Por isso, não irá à reunião”, diz nota da Central Única dos Trabalhadores, que exige a volta de Dilma ao Planalto.

A CTB justifica a recusa falando em “traição à classe trabalhadora”, e chamando o governo interino de “golpista”. “Diante de evidências, a proposta de reforma da Previdência de Temer prevê aposentadoria no caixão. A CTB tem muita clareza dos riscos e, diferente de alguns setores do movimento sindical, não se dispõe a segurar na alça da traição”, disse Adilson Araújo, presidente da central. Tanto a CTB quanto a CUT são ligadas ao PT e ao PCdoB.

No último dia 26, Temer havia chamado ao Palácio do Jaburu os presidentes da Central Sindical Brasileira, da Nova Central Sindical de Trabalhadores, da Força Sindical, e União Geral dos Trabalhadores. Um dia antes, movimentos sociais – entre eles, a CUT – estavam no Planalto com a presidente afastada Dilma Rousseff e seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, fora da agenda oficial.

— Precipitado, inadequado e extremamente desrespeitoso com a presidenta Dilma. Fechado o processo do golpe, cada um que se reúna. Mas antes é desrespeitoso — declarou à época Vagner Freitas, presidente da CUT.

O encontro proposto por Temer acontece após a repercussão negativa de propostas de mudanças na Previdência feitas por seus ministros. Henrique Meirelles (Fazenda) e Eliseu Padilha (Casa Civil) declararam, na semana passada, que o governo adotará a idade mínima ou aumentará o tempo de contribuição para resolver o déficit crescente na área.

O Globo

Compartilhe

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram

Comente aqui