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Corredores de transporte podem se transformar em áreas de desenvolvimento com Novo Plano Diretor de Natal

A IDEIA APROVADA EM SÃO PAULO EM 2014, É REFERÊNCIA PARA PLANO EM NATAL. FOTO: REPRODUÇÃO

Na manhã desta quarta-feira, 25, aconteceu a primeira reunião com os Grupos de Trabalho (GT’S), na faculdade Estácio do Alecrim, que será a sede dos trabalhos do Plano Diretor de Natal, nesta etapa de sistematização das propostas. As convocações feitas pela Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) seguem nesta quinta, 26, e sexta-feira, 27, para apresentação da metodologia de trabalho, distribuição nos subgrupos, entrega dos resultados das oficinas e definição da agenda de cada grupo. Amanhã a reunião será com o GT II – Áreas Especiais.

Com a revisão do Plano Diretor de Natal os grandes corredores de transporte da capital potiguar poderão se tornar peça chave para o desenvolvimento e crescimento ordenado da cidade, de modo a acolher mais moradores com a infraestrutura já existente. A ideia de liberar a construção de grandes prédios nessas áreas foi apresentada pelo Secretário de Planejamento da Semurb, Thiago Mesquita, em audiência na Câmara Municipal e pelo prefeito Álvaro Dias em sessão extraordinária, na semana passada, também na Câmara.

Em São Paulo, esse modelo foi aprovado durante a revisão do Plano Diretor de lá em 2014, quando se permitiu que áreas próximas a corredores de ônibus e estações de metrô nas zonas Oeste, Leste e Sul fossem adensadas e permitida a verticalização das regiões, onde antes eram casas e sobrados. Essas vias ficaram sendo chamadas de Eixo de Estruturação e Transformação Urbana.

A cidade de Natal é uma cidade horizontal e é um erro grave cometido do Plano Diretor porque Natal deveria ter ao longo dos seus principais corredores uma verticalização com a construção de vários prédios”, disse o prefeito Álvaro Dias. A justificativa é de que, com isso, as pessoas não precisarão morar em municípios vizinhos e, assim, possam ficar perto dos seus empregos, escolas dos filhos, hospitais e onde já existe uma infraestrutura adequada. “Com saneamento, esgoto, asfalto. Se temos isso, porque expulsar daqui para as cidades vizinhas, se podemos construir edifícios e abrigar as pessoas?”, questionou o prefeito.

A ideia defendida por Álvaro é aprovada pelo professor da UFRN, Rubens Ramos, especialista em transporte e mobilidade. Ele diz que este é o modelo ideal para crescer a cidade com foco na mobilidade. “É o conceito correto. O impacto é positivo porque, se adensar os eixos, há melhor distribuição do movimento e ajuda a até a descongestionar. Curitiba foi a primeira capital a fazer isso e teve um crescimento de edifícios de forma organizada”, diz o professor.

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