Preocupada com o cenário mundial, no qual o novo coronavírus está presente em 13 países, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), realizou uma reunião com o objetivo de reativar o Comitê de Enfrentamento às Emergências em Saúde Pública de Importância Estadual e discutir as estratégias para se antecipar à ocorrência de possíveis casos suspeitos de coronavírus e diferentes doenças transmissíveis no RN. A reunião foi realizada nesta segunda-feira (27), no Hospital Giselda Trigueiro.
Na reunião, foram discutidas ações estratégicas não só do ponto de vista assistencial, mas também laboratorial, com foco nas medidas de vigilância. “Buscamos nos antecipar a qualquer evento de saúde pública, mesmo não havendo um risco eminente de entrada do vírus no RN. A discussão foi muito positiva e ampliada, tratando das ações estratégicas a serem implementadas caso ocorra um caso suspeito do novo coronavírus no estado. Até esta terça-feira (28), iremos estabelecer um fluxo para atendimento de eventuais pacientes com suspeita da doença, a ser publicado em nota técnica”, informou a subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica (Suvige) da Sesap, Alessandra Lucchesi.
Além da subcoordenadora da Suvige, participaram da reunião representantes da Área Técnica das Doenças Agudas Transmissíveis, do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância da Saúde e da Vigilância Ambiental da Sesap, da UFRN, da Anvisa, do Lacen e a direção do Hospital Giselda Trigueiro.
Novo Coronavírus
O coronavírus consiste num vírus que causa infecção respiratória, com sinais e sintomas semelhantes aos da Influenza, como febre, tosse e dificuldade para respirar. Os coronavírus são uma grande família viral, conhecidos desde meados de 1960, que causam infecções respiratórias em seres humanos e em animais.
Geralmente, infecções por coronavírus causam doenças respiratórias leves a moderadas, semelhantes a um resfriado comum. Alguns coronavírus podem causar doenças graves com impacto importante em termos de saúde pública, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), identificada em 2002, e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), identificada em 2012.
De acordo com Alessandra Lucchesi “uma vez iniciados sinais e sintomas de infecção respiratória, a população deve procurar atendimento, para que se possa proceder às investigações cabíveis”.
Prevenção
As formas de prevenção ao coronavírus são as mesmas recomendadas para a Influenza: frequente higienização das mãos; utilizar lenço descartável ao tossir ou espirrar, cobrindo nariz e boca; evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca; não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos e copos ou garrafas; manter os ambientes bem ventilados; evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de infecção respiratória; e evitar aglomerações de pessoas.