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Contas voltam ao azul em abril, mas têm pior 1º quadrimestre em 20 anos

No mês passado, houve superávit primário de R$ 9,75 bilhões, diz Tesouro. De janeiro a abril, porém, contas registraram déficit de R$ 8,45 bilhões.

As contas do governo voltaram ao azul em abril, quando foi registrado um superávit primário (receitas foram superiores às despesas, sem a inclusão de juros) de R$ 9,75 bilhões, informou a Secretaria do Tesouro Nacional nesta segunda-feira (30).

Mesmo assim, foi o pior resultado para meses de abril desde 2013 – quando foi registrado um saldo positivo de R$ 7,33 bilhões, segundo os números oficiais.

O último resultado positivo havia sido registrado em janeiro deste ano.

O secretário do Tesouro Nacional, Otávio Ladeira, explicou que a arrecadação é tradicionalmente maior em abril por conta do ingresso de receitas relativas ao ajuste do Imposto de Renda das empresas.

Acrescentou que, no mês passado, houve um pagamento menor de R$ 1,1 bilhão ao Fundeb (por conta de liminar, mas o valor foi acertado em maio), além de queda nas despesas do Minha Casa Minha Vida (valores foram assumidos pelo FGTS) e de subsídios – que foram pagos, neste ano, em janeiro (em 2015, as despesas foram feitas em janeiro).

Parcial do ano
De janeiro a abril deste ano, porém, as contas registraram um rombo de R$ 8,45 bilhões. Foi o primeiro rombo observado nos quatro primeiros meses de um ano desde o início da série histórica, em 1997. Deste modo, foi o pior resultado para este período em 20 anos.

O fraco desempenho das contas públicas acontece em meio à forte recessão da economia brasileira, que tem reduzido as receitas da União com impostos. No primeiro quadrimestre, a arrecadação do governo despencou 7,91% em termos reais (descontada a inflação). Já o desemprego ficou acima de 10% no trimestre encerrado em março.

Os números do Tesouro Nacional mostram que o déficit das contas públicas avançou neste ano não somente por conta da queda da arrecadação (-5,5% em termos reais, após o abatimento da inflação) nos quatro primeiros meses do ano, mas também pelo aumento de despesas, que foi de 2,2% no período.

G1

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