A ocupação dos leitos disponíveis para atendimento na rede hospitalar estadual aos casos de contaminação pelo novo Coronavírus chegou a 33% nesta quarta-feira, 22. A informação foi confirmada pelo secretário adjunto de Saúde do Estado, Petrônio Spinelli, na entrevista coletiva para atualização dos dados epidemiológicos e ações e medidas do Governo do RN no combate à Covid-19.
Os números mostram que contaminação continua evoluindo. O RN tem agora 646 casos confirmados, 3.089 suspeitos, 2.643 descartados, 29 óbitos, 9 óbitos em investigação, 289 recuperados. E entrou na fase da contaminação doméstica que chegou a todo o RN.
“A Covid-19 tem tempo longo de internação em UTI em relação a outras patologias. São 14 dias de UTI por isso a situação é muito preocupante. Há dois dias era 21%, ontem passou a 28% e chega hoje a 33% dos leitos ocupados. O Governo do RN continua empenhado em abrir mais leitos, mas é preciso reduzir a contaminação e a ocupação de leitos”, afirmou Petrônio.
O secretário enfatizou que o comportamento social é que vai orientar se o RN entra ou não em colapso do sistema de saúde. “O isolamento social e o uso de máscara são medidas fundamentais. Ampliar a proteção aos idosos, às pessoas com comorbidades também é fundamental. Precisamos manter o isolamento em 60% e reduzir a ocupação de leitos a 30% os próximos dias”.
AÇÕES CONJUNTAS
O vice-governador Antenor Roberto também alertou para a fase de contaminação interna que provoca o aumento das ocorrências. “Não podemos achar que estamos em situação melhor. Ressaltamos ao prefeito de Natal e à prefeita de Mossoró a importância das ações integradas com o Governo do Estado. São as maiores cidades, as maiores populações e onde há mais casos”, afirmou Antenor.
Ele ainda chamou atenção para que os prefeitos que estão recebendo recursos para a assistência aos casos de Covid-19, devem aplicar, exclusivamente, nesta destinação. “O Governo do Estado e as prefeituras devem ter uma integração política e administrativa para alinhar ações e alcançar resultados positivos”, ressaltou, para lembrar que “essa pandemia tem perfil diferente, desconhecido, que vai mudando. A doença é subnotificada, pois os testes são insuficientes. Toda informação sobre Covid é parcial em todo o mundo. O momento é de muita solidariedade e de respeitar as regras de proteção”.