Mais uma vez, na oitava semana de monitoramento, apresentamos os gráficos e a análise da evolução epidemiológica da COVID-19, no Brasil, no RN e em Natal, elaborados pelo engenheiro Henrique Santana, com base em dados oficiais publicados e tendo na média semanal do incremento diário de novos infectados e óbitos, o modelo matemático. Nesta semana incluiu-se o detalhe gráfico da linha de tendência, para reforçar a visualização do comportamento da doença.
No Brasil, a semana persiste em configurar o alongamento na curva de novos infectados, com leve acréscimo nos números semanais. Este desempenho denota a continuidade do contágio do coronavírus, prevista na constatação de altas taxas de transmissibilidade em parte do país, nas últimas 4 semanas, principalmente no interior dos estados. Confirma-se que ainda não passamos a pior fase em termos de contaminação, sem atingirmos o pico da pandemia. De positivo é que a taxa de mortalidade vem regredindo, com queda na média semanal de óbitos. Com a COVID-19 atuando há 5 meses, diferentes ondas da doença vêm intrigando os especialistas e o comportamento da letalidade da doença é uma destas variáveis.
No RN, os gráficos aqui produzidos e analisados indicam o atingimento do pico da pandemia, tanto quanto a novos infectados como a óbitos, na última semana de junho passado. Mas este quadro não deve ser considerado seguro. O Rio Grande do Norte tem mais de 100 municípios com taxa de transmissibilidade em “alerta vermelho” ou em “zona de perigo”, alguns deles com R0 acima de 5, de acordo com o Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS) da UFRN. Isto significa que uma nova onda epidêmica pode sobrevir, sendo necessário muita atenção.
Em Natal, dissemelhantemente ao resto do Estado, os dados revelam um comportamento claramente de redução da taxa de transmissão e, por conseguinte, no número diário de contaminados, o que se repete semanalmente já por 10 semanas. Quanto ao número médio diário de mortes, a capital segue com decréscimo há quatro semanas, tendo também atingido o platô da epidemia nos últimos dias do mês de junho.