
TÚNEL SERÁ CONSTRUÍDO ENTRE A PASSARELA DE NEÓPOLIS E A AVENIDA DAS ALAGOAS
O Departamento Nacional de Infraestrutura do Transporte (DNIT) vai começar a construção do primeiro de seis viadutos previstos no projeto de reurbanização da BR-101, entre Natal e Parnamirim. A partir de amanhã (17), durante os 120 dias previstos de obra para o novo equipamento viário, os motoristas que passam pelo local nos dois sentidos deverão ter paciência, já que a rodovia será interditada. Com cerca de 300 metros de extensão, o viaduto será levantado no bairro de Neópolis e será localizado das imediações da passarela do bairro até a Avenida das Alagoas – nas proximidades do Supermercado Makro.
A rota alternativa para o tráfego durante o período de obras e interdição serão as duas marginais da BR nos dois sentidos. Segundo o DNIT os motoristas deverão ficar alertas às mudanças. Quem segue de Natal para Parnamirim, deverá entrar na marginal pouco após o chamado viaduto de Ponta Negra e seguir até a altura do Sam’s Club, onde haverá uma saída para se retornar à via principal. No fluxo contrário, o condutor deverá entrar na marginal pouco antes do Makro, em frente ao condomínio Central Park e voltar à BR-101 nas proximidades de uma concessionária da Hyundai.
O superintendente regional do DNIT, Walter Fernandes, orienta os motoristas que procurem não utilizar a rodovia durante o serviço de construção do viaduto. “É importante que as pessoas não usem a BR nesse período”, orientou.
Atualmente o tráfego nas marginais, em determinados horários, já não é dos melhores. Ontem, por volta das 17h, a reportagem esteve nas proximidades de onde será construído o viaduto, e o fluxo de veículos, entre carros, motos, ônibus e caminhões, já era intenso. A expectativa do próprio DNIT é a de que se piore nesses meses de obras na região.
Para tentar diminuir o impacto, o superintendente ainda diz que a velocidade máxima das marginais na extensão onde haverá as interdições, será diminuída. Hoje são 60 km/h, que deverá cair para 50 km/h. “Isso vai dar capacidade de deslocamento dos veículos e o fluxo deverá se manter”, afirmou Fernandes. Ele só fez ressalvas aos obstáculos que existirão “inevitavelmente” no percurso, como carros quebrados ou acidentes, que poderão travar o tráfego.
Essa será a primeira de uma série de outras intervenções que deverão ser feitas até meados de 2018, quando o órgão federal estima que toda a reurbanização deverá ser finalizada. As obras atualmente executadas na BR-101 visam a melhoria e adequação ao tráfego, eliminando os pontos críticos e tentando promover maior segurança nas vias. Serão seis viadutos, uma trincheira (espécie de túnel), cinco passarelas, a pavimentação e um túnel para drenagem no local.
A reurbanização, contando as obras em si mais as desapropriações realizadas e as adequações ambientais, tem um custo de R$ 200 milhões – R$ 150 milhões só o projeto. O trecho da rodovia contemplado nesse empreendimento é o com maior volume médio de tráfego diário do estado, com um fluxo superior a 95 mil automóveis, entre veículos de passeio e de carga. Quando pronto o reordenamento, esses números deverão dobrar.
O projeto contempla a construção de seis viadutos, passagem inferior de veículos, sinalização horizontal, vertical e projeto ambiental de áreas que possam ser degradadas entre o viaduto de Ponta Negra e o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) de Parnamirim. Todos os sinais de trânsito no trecho serão retirados, tornando a BR-101 em uma via expressa.
“Teremos vias marginais interligadas até Parnamirim; se o motorista quiser ir de Natal até Parnamirim pelas marginais ele vai poder. [Teremos] Toda a parte de baia, as vias auxiliares e as vias expressas, que são os viadutos, que terão velocidade maior [80 km/h]. A ideia é melhorar o trânsito, dar mais fluidez, segurança, acesso rápido aos condomínios. Vamos melhorar o nível de serviço da via”, explicou Walter Fernandes.
As obras de reurbanização da BR-101, entre Parnamirim e Natal, deve ganhar um incremento com a readaptação da rodovia para acomodar uma ciclovia, mas o projeto ainda não está contemplado no planejamento principal do Departamento Nacional de infraestrutura de Trânsito (DNIT), que faz o reordenamento na via federal.
Após coletiva de imprensa feita ontem, o superintendente regional do órgão federal, Walter Fernandes, afirmou que o grupo de ciclistas até apresentou suas propostas, mas apesar de a primeira impressão ter sido boa, nenhuma delas estava completamente de acordo com o que o DNIT queria.
Uma quarta proposta foi solicitada e a superintendência ainda aguarda ela ser apresentada. “O projeto executivo foi entregue sem ciclovia. Vamos ver se é possível ou não, ainda nessas obras incluirmos. Eles [a Acirn] apresentaram uma proposta, mas pedimos uma quarta alternativa e estamos à espera”, disse Fernandes.
A ideia para a inclusão de uma ciclovia na BR foi apresentada, no início deste mês, pela Associação dos Ciclistas do Rio Grande do Norte (Acirn) à direção e área técnica do DNIT.
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