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Compras de fim de ano devem injetar R$ 1,95 bilhão na economia potiguar

FOTO: JOSÉ LDENIR

As compras de fim de ano devem movimentar R$ 1,95 bilhão no Rio Grande do Norte, segundo projeção do Instituto Fecomércio RN (IFC). O valor representa crescimento de 8,1% em relação a 2024 e confirma a importância do período para os setores de Comércio e Serviços. A expansão é impulsionada pela melhora gradual da renda, pelo mercado de trabalho aquecido e pelo efeito direto do pagamento do 13º salário, que amplia a liquidez nas famílias.

Mossoró: consumo em alta, mas orçamento pressionado

Em Mossoró, a projeção de movimentação financeira chega a R$ 163,74 milhões — avanço de 9,3% sobre o ano anterior e reforço ao papel do município como polo regional de consumo. A intenção de compra atingiu 61,6% dos moradores, o maior patamar da série histórica da pesquisa.

Apesar do ímpeto de consumo, o endividamento ainda pesa. Mais da metade dos entrevistados (56,9%) pretende usar parte ou totalidade do 13º salário para quitar dívidas, num sinal claro de que a retomada ocorre paralelamente à necessidade de reorganização financeira.

O gasto médio com presentes deve ficar em R$ 372,19, alta de 3,9% em relação a 2024. No perfil de compra, 46,1% preferem o comércio de rua e 52,9% planejam parcelar as despesas. Já os gastos com celebrações devem alcançar R$ 174,78, aumento expressivo de 12,1% em comparação ao ano passado.

Natal: maior planejamento e consumo mais vigoroso

Na capital, o avanço do consumo é ainda mais consistente. A intenção de compra entre os natalenses chega a 76,9%, o maior índice dos últimos seis anos. O uso do 13º salário revela um comportamento mais equilibrado: 38,5% pretendem pagar dívidas; 25,8% poupar ou investir; 24,8% reservar recursos para despesas típicas de janeiro; e 23,2% destinar parte do benefício às compras de fim de ano.

Esse planejamento se reflete na forma de pagamento: 54% dos consumidores afirmam que devem pagar à vista, seja por Pix, débito ou dinheiro — indicador de menor dependência do crédito e maior controle orçamentário.

Com esse cenário, o gasto médio com presentes em Natal deve atingir R$ 374,25, alta de 6,5%. A movimentação financeira prevista é de R$ 649,91 milhões, crescimento de 7,5% frente ao ano passado, consolidando a capital como o principal motor do varejo potiguar. Também os gastos com comemorações devem crescer 7% neste ano.

Panorama estadual

Somados, os resultados de Natal e Mossoró reforçam a expectativa de um fim de ano mais aquecido para o comércio potiguar. A recomposição gradual da renda, aliada à circulação adicional promovida pelo 13º salário, sustenta a retomada do consumo — ainda que em ritmos distintos entre as principais cidades do Estado.

Agora RN

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