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Compra de votos: sob o risco de perder o mandato, deputado Souza deverá ser julgado até maio por abuso do poder econômico

DEPUTADO SOUZA SERÁ JULGADO POR CAPTAÇÃO ILÍCITA DE VOTOS, CAPTAÇÃO OU GASTO ILÍCITO DE RECURSOS FINANCEIROS DE CAMPANHA ELEITORAL E SUPOSTO CAIXA DOIS

O Tribunal Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE/RN) deverá julgar até o mês de maio próximo a ação de abuso de poder econômico que poderá acarretar na perda do mandato do deputado estadual Manoel Cunha Neto (PHS), o Souza, eleito em 2014 para Assembleia Legislativa, sob suspeição de ter conquistado votos mediante favorecimento econômico e concessão de benefícios para eleitores.

O processo ao qual responde Souza envolve captação ilícita de sufrágio (votos), captação ou gasto ilícito de recursos financeiros de campanha eleitoral e suposto caixa dois. Caso essas acusações sejam julgadas procedentes, o parlamentar deverá perder o mandato e tornar-se inelegível para os próximos pleitos.

Atualmente, o TRE/RN está analisando as provas para apurar se houve ou não abuso de poder político econômico na eleição do parlamentar, cuja situação é muito semelhante a do então deputado Dibson Nasser (PSDB), que perdeu o mandato por abuso de poder econômico e foi declarado inelegível por três anos, a partir das eleições de 2010.

“No caso de Souza também envolve o uso de servidores públicos na campanha, a utilização de recursos públicos em proveito eleitoral, entre outros fatos. Agora vai ser feita a audiência para ouvir testemunhas. O Tribunal já juntou no processo documentos que indicam que foram feitos pagamentos pela prefeitura de Tibau para empresas ligadas a Souza, o que, aliás, consta na sua prestação de contas”, explica o advogado Donnie Allison, especialista em Direito Eleitoral.

E acrescenta: “existe nos autos provas que indicam o uso da máquina pública – Prefeitura de Tibau e INSS, este último ente teria concedido benefícios como auxilio doença para aliados que trabalharam na campanha do parlamentar”.

DONNIE ALLINSON: “EXISTE NOS AUTOS PROVAS QUE INDICAM O USO DA MÁQUINA PÚBLICA – PREFEITURA DE TIBAU E INSS”

Segundo Donnie Allison, o fato novo é que o TRE/RN decidiu por unanimidade pela celeridade do julgamento, que trata de um processo antigo. “Agora o processo está em fase final de instrução. Finalizado a oitiva das testemunhas, o Tribunal julgará a ação e decidirá sobre a cassação do mandato do representado, com pena de inelegibilidade por 8 anos”, destaca.

PPS PODE ASSUMIR CADEIRA

Caso o TRE/RN confirme a cassação do mandato de deputado Souza, o Partido Popular Socialista (PPS) voltará a ter representação na Assembleia Legislativa, através da advogada Laura Helena, filha do ex-deputado Wober Júnior e primeira suplente da coligação que elegeu Souza para o parlamento estadual.

Laura Helena, que aparecia no pleito de 2014 como o provável nome que iria eleger-se pela coligação Sem Mudança Não Há Esperança 2 (PV / PHS / PPS / PTN / PTB), terminou na condição de suplente, embora obtendo 18.040 votos.

LAURA HELENA, FILHA DO EX-DEPUTADO WOBER JÚNIOR, ASSUMIRÁ O MANDATO, CASO O TRE/RN CASSE SOUZA

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